sexta-feira, agosto 31, 2007

S. Romão - 18 de Agosto

Chegava ao fim a mais intensa semana do GFAÉ dos últimos anos e talvez da sua História. Juntámo-nos na Terrugem onde nos fardámos no simpático "Hotel Baliza".
Nos semblantes de todos sobressaíam sentimentos como o cansaço, o júbilo (pelo fim da Volta a Portugal do GFAÉ), e a firme vontade de terminar em beleza uma semana que certamente quem por ela passou irá jamais esquecer!
Ao chegar a S. Romão logo notámos que havia ambiente e que a Praça estaria a abarrotar, o que sempre nos dá uma vontade adicional de nos superarmos... Os nossos parabéns à empresa que com muito empreendorismo, profissionalismo e seriedade tem enchido todas as praças por onde tem passado! O único senão para mais uma corrida de 5 toiros, embora a nós não nos tenha afectado pois pegámos os 3 da praxe...
O Cartel era composto por Rui Fernandes, Gastón Santos Ward e Isabel Ramos, com toiros de Rodolfo André Proença e além do GFAÉ o Grupo de Monforte.

Para o 1º toiro o João escolheu o Francisco Alves. O Francisco merecia este prémio pois durante toda a época tem rabejado a quase totalidade dos toiros do Grupo, e tem crescido muito como Forcado. Sem muita experiência passada viu-se numa situação de quase exclusividade no lugar, e tem respondido muito bem e muitas vezes com distinção! Quando as coisas lhe correram menos bem, fruto da sua inexperiência, de uma coisa ninguém o pode acusar que é de falta de garra e de raça, isso a ele sobra-lhe... O meu Olé ao Francisco e à sua grande época. As coisas não lhe correram como queria pegando à segunda e estando desacertado em ambas as tentativas, mas de certo que ele gostou e disfrutou este momento e o reconhecimento que o João e o Grupo tiveram para com ele!




Para o 2º foi o António Moura Dias, que depois da tarde menos positiva em Reguengos tinha oportunidade de se redimir, esteve muito bem num toiro que trazia muita "pata", estando também o Grupo bem ao nivel das ajudas. Sobressaíu uma soberba primeira ajuda de outro dos forcados do momento, Guilherme Oliveira que tem feito uma época soberba e que com esta primeira, reivindicou que a a partir de agora e um pouco mais amiúde pode aparecer colocado um tudo-nada mais à frente em praça...





O 3º, um toiro que o João apelidou de "bisco", mas que tinha um piton quase a bater num olho, foi confiada a sorte ao Ricardo Casas-Novas, outro forcado que já dispensa apresentações. Esteve muito bem tanto ele como o Grupo a fechar pois visto que na práctica o toiro só tinha um piton, seria muito fácil o Ricardo sair-lhe da cara, o que não aconteceu!





Para trás fica uma semana passada em Grupo, de Praça em Praça, de terra em terra, e de carro em carro, o que cimentou ainda mais os nossos laços, o nosso bom momento e a nossa amizade, para que quando algo correr menos bem possamos estar mais unidos que nunca! Uma forte palavra de apreço ao João que aceitou este desafio acreditando em nós e no nosso potencial e que durante toda a semana obrigatóriamente chegava aos locais 5 horas antes da corrida para os sorteios, o que lhe retirou muito mais tempo familiar que a qualquer outro elemento, sendo ele dos poucos que além de filho é também marido e pai! Obrigado João e parabéns pois bem os mereces!!!




Manuel Silveira

Albufeira - 17 de Agosto

Pela 2ª vez este Verão, regressámos às Fabulosas Nocturnas de Albufeira. Após uma corrida menos boa a 26 de Julho, talvez até ao momento a nossa corrida menos conseguida, cabia-nos regressar de cabeça erguida e mostrar melhor imagem do que somos e podemos fazer!
No Cartel constavam Luis Rouxinol, Marco José, Sónia Matias e o cavaleiro "residente" Filipe Gonçalves, as reses eram da também "residente" Ganaderia de Sesmarias Velhas do Guadiana, além do nosso Grupo actuava o Aposento da Moita.

Para o 1º toiro, o João escolheu o Francisco Garcia. O Chico que anda a braços com uma lesão que o apoquenta desde a noite de 26 de Julho, onde as coisas não lhe correram bem e teve até de ser "dobrado" pela 1ª vez na sua já larga e consagrada carreira. No entanto o Chico, como forcado de raça abnegado e lutador que é, não quis perder a oportunidade de limpar a sua imagem regressando no mesmo palco onde havia sido vencido para "apanhar os seus papeis". Era toiro "a menos" para ele e resolveu a papeleta com distinção à primeira tentativa. Fica o espírito combativo e um leve sabor a vingança...

Para o 2º toiro o João enviou o Vasco Fernandes, o outro Forcado que havia sido vencido em Albufeira. Concretizou à terceira tentativa, ficando um sabor amargo pelo desacerto das ajudas numa brava 2ª tentativa. O Vasco é jovem e está a fazer uma bela época, certamente que com a vontade e o querer que tem demonstrado, pode rapidamente alcançar um patamar mais elevado, assim mantenha a humildade e o seu espírito. De qualquer forma a Praça de Albufeira é para ele um desafio a vencer...

No 3º da noite, o nosso mais leve, o João concedeu uma oportunidade há algum tempo merecida. Foi cara o Manuel Sousa Dias, forcado ainda jovem que tem mostrado bastante dedicação ao Grupo. O Manel resolveu bem à primeira sem problemas. Está portanto a dar passos seguros na sua carreira, já que também quando chamado a ajudar tem cumprido o seu papel...

Esta foi a penúltima corrida de uma série "infernal" de 6 corridas em 8 dias, onde já todos acusávamos alguma fadiga e até algumas mazelas, no entanto sempre com o mesmo empenho e vontade de fazer as coisas dentro dos padrões a que o Grupo de Forcados Amadores de Évora nos exige!!!

Manuel Silveira

sexta-feira, agosto 17, 2007

Reguengos de Monsaraz - 15 de Agosto

Esta é sempre uma data e um local com um lugar muito especial no calendário do nosso Grupo, pela carga emocional que nos traz e pelo que significa para todos nós no Grupo de Évora. Os anos passam e ao de cima vêm as grandes recordações de históricos 15 de Agosto, e diluem-se no tempo as mágoas e tardes menos boas. É sempre também muito importante pois é o aniversário do nosso Cabo Fundador, o sr. João Patinhas, a quem endereçamos sentidas felicitações.
Para o comentário desta corrida escolhemos um Homem que está directamente ligado ao ressurgimento em grande do nosso Grupo após um período difícil nos anos 80. O sr. Luís Miguel Sotero, popularmente conhecido por "Guéu", está intimamente ligado ao regresso do GFAÉ aos êxitos. Forcado de confiança do sr. João Pedro Oliveira, aqui começou com 15 anos em 1990 a pegar Toiros e fê-lo de forma muito dura e brilhante até 1999, sendo para todos nós forcados actuais uma referência, a sua abnegação e conduta. Este ano ele abriu de novo as portas de sua casa, desta vez na sua nova "mansão" em Reguengos, onde fomos extraordináriamente recebidos por ele e pela sua filha Carminho. Muito obrigado a ambos. Agradecemos também a sua colaboração na crónica, pois sabemos que não é muito dado a estas "modernices"...

"Reguengos de Monsaraz 15 de Agosto 2007-08-17


Vou começar esta crónica a agradecer o convite feito pelo meu amigo Manuel Silveira de comentar esta corrida realizada no dia 15 de Agosto na velhinha praça de Reguengos de Monsaraz, nesta corrida tive também o prazer de ter em minha casa o nosso grupo a fardar-se, aproveito esta ocasião para dizer que está sempre uma porta aberta em Reguengos de Monsaraz para o Grupo de Forcados Amadores de Évora.

Nesta tarde de 15 de Agosto, alem de haver sol e moscas, o calor não era aquele que estamos habituados a ter nesta altura do ano, pois estava uma temperatura bastante agradável para ver uma corrida de toiros, por esse motivo e mais alguns a praça encontrava-se quase esgotada, bom para o “Compadre Costa”.
O cartel era composto pelos cavaleiros:
- Luís Rouxinol
- Vitor Ribeiro
- Manuel Lupi
Os forcados eram Amadores de Évora e Amadores de S. Manços
Toiros de Murteira Grave.

Relativamente aos toiros, da famosa ganadaria Murteira Grave, estavam bem apresentados, andaram pouco para o cavalo e por vezes os cavaleiros tinham que entrar bastante dentro dos terrenos para realizar a sorte, recordo alguns momentos do cavaleiro Manuel Lupi que por duas ou três vezes foi tocado com alguma violência, julgo que a temperatura que estava foi benéfica para o espectáculo e para os toiros, pois se estivesse mais calor os toiros andariam ainda menos do que andaram, quando falo dos toiros andarem pouco estou a generalizar a coisa, pois costuma-se dizer na gíria tourina que não há quinto mau, mas neste caso foi o quarto da sorte que saiu com uma beleza extraordinária e uma bravura acima da média, foi lidado pelo cavaleiro de Pegões Luís Rouxinol, que mais uma vez esteve a altura do toiro, aproveito este momento para dizer que o Luís Rouxinol é dos melhores cavaleiros que nós temos, já anda nestas andanças há algum tempo e tenho visto sempre com a maior valentia, por vezes em praças desmontáveis e com toiros de arrepiar, mas sempre dando a volta as coisas, é pena que não lhe surjam mais oportunidades para ele mostrar o seu valor, por vezes penso que não lhas dão porque sabem bem o valor dele, é assim o mundo das toiradas!!!. O sexto toiro também saiu diferente dos outros, com mais poder e assim se viu tanto na lide como na pega, que para mim foi a pega da tarde executada pelo forcado experiente Pedro de Monte de Trigo, do Grupo de Forcados de São Mancos.
Pelo grupo de Évora o primeiro toiro foi pegado pelo forcado António Moura Dias “Tozinho”, saiu facilão, foi pegado a segunda tentativa pois na primeira passa ao lado do forcado, se este o tivesse alegrado com a voz na primeira tentativa, talvez o resultado tivesse sido outro, na segunda fechou-se sem dificuldades. No São Pedro em Évora vi este forcado fazer uma pega extraordinária e dura num toiro da mesma ganadaria (Grave).

O segundo toiro foi pegado pelo forcado Bernardo Patinhas, que brindou ao seu pai por mais um aniversário, fazendo este vir a praça receber o brinde, momento muito bonito nesta tarde de 15 de Agosto, pena das coisas não tenham corrido da maneira como o Bernardo nos tem habituado a vê-lo, o toiro não era pêra doce tinha uma reunião muito dura e violenta, o que fez que o Bernardo lá fosse 3 vezes, mas com a mesma cara da primeira, julgo que este toiro não vai afectar o Bernardo como forcado e que para a próxima vez vai estar como ele sabe.
A fechar o nosso lote pegou o forcado Gonçalo Pires, “Arabezinho”, tive o prazer de ser brindado com esta pega, muito obrigado mais uma vez, o toiro também era difícil, tanto na lide como na pega, desligado do cavalo e a dar arrancadas de manso, foi pegado a segunda tentativa pela valentia e moral do forcado e da magnifica ajuda do Forcado Rui Sequeira “Mata Lobos”, ao referir-me a este senhor escrevi forcado com letra grande pois este é o bom exemplo do que é forcado Amador.

Acabo esta crónica para dar os parabéns aos forcados actuais do grupo de Évora, pela magnifica temporada que estão a realizar, desejar a melhoras rápidas aos que estão aleijados, e desejar sorte para o resto da temporada.
Para o nosso grupo, venha vinho, venha vinho, venha vinho.
Bota abaixo.
Abraços Miguel Sotero"

quinta-feira, agosto 16, 2007

Castro Marim - 14 de Agosto

Para esta crónica foi escolhido um grande forcado que passou pelo nosso Grupo e que marcou quem com ele se fardou. Natural do Algarve, Fernando Luís Vasconcelos, forcado de pegas rijas e de toiros difíceis é recordado por todos pelo seu forte carácter e espírito de Grupo!

"Castro Marim, 14 de Agosto de 2007

Numa noite fria para a época do Ano em que estamos, assistimos a uma corrida agradável que inevitavelmente fica marcada pela trágica e aparatosa morte, em praça, de um dos cavalos da quadra de João Moura Caetano. No que respeita à corrida, o cartel era composto pelos Cavaleiros, Rui Fernandes, João Moura Caetano e a Cavaleira Praticante Isabel Ramos, os Toiros pertenciam à Ganadaria de D. Luis Passanha e o Novilho à Ganadaria de Herdeiros Brito Paes, de salientar a boa apresentação e bravura dos mesmos. Para as pegas tínhamos o Nosso Grupo e o Grupo de Forcados Amadores de Cascais.
O 1.º toiro da noite foi lidado pelo cavaleiro Rui Fernandes, cumpriu sempre na lide, mostrando muita disponibilidade mas alguma falta de força quando se empregava mais, para a cara deste foi o Nuno Lobo, esteve bonito no cite mas julgo que algo apressado, do local onde me encontrava não consigo ter total percepção do momento da reunião, fiquei com a ideia que aguentou pouco o toiro o que motivou que se encornalasse, no entanto fechou-se muito bem. Gostei muito de ver o grupo a fechar a pega com bastante entrega e sem precipitações, em especial a 1.ª ajuda, do Zé “Carraço” (José Maria Menéres). Fica-me também na memória a insatisfação do Nuno Lobo por a pega não ter corrido como ele queria, o que demonstra que quer melhorar, bom indicador!!!
A seguir calhou-nos o novilho lidado pela cavaleira praticante Isabel Ramos, sem nunca se parar e com bravura cumpriu sempre, mostrando melhores indicadores no capote que no cavalo. Para a cara foi o “Pulga” (Vasco Fernandes), muito bonito em praça, com muita calma, não conseguiu fazer melhor porque o novilho arrancou-se assim que o viu e mete-lhe mal a cara, tirando-lha de seguida, o que inviabilizou a pega nesta tentativa sem qualquer responsabilidade para o Vasco uma vez que sai fechado do novilho, principalmente por este ser ligeiramente cabano e ter pouco “pau”. Na 2.ª tentativa consegue receber bem o novilho e fechou muito bem tapando-lhe toda a cara, o grupo nesta pega já demonstrou alguma precipitação, sem que tenham estado mal. Duas notas, uma para o “Pente” (Miguel Cabral) não queiras rodar tanto porque corres o risco de não conseguir ajudar, outra para o “Pulga”, não se pode deixar o cavaleiro sozinho no meio da arena para ir apanhar o que quer que seja, ainda para mais sendo uma Senhorita (são pormenores a corrigir com o tempo mas que importa não esquecer).

O Nosso último toiro era o nosso toiro mais sério, foi lidado pelo cavaleiro João Moura Caetano, bastante emocionado pelo ocorrido com o seu cavalo na lide anterior, mas com grande entrega e vontade de triunfar. O toiro teve bons pormenores, no entanto achei que se foi modificando ao longo da lide, parando-se ligeiramente para depois ter algumas arrancadas pela certa, o João optou por não arriscar e escolheu para a cara o “Padinha” (António Alfacinha), andou bem em praça, bonito a citar e a mandar no toiro, faltando-lhe apenas ter consentido mais o toiro no momento da reunião, fiquei também com a ideia que pára de recuar a meio da viagem, não conseguindo evitar um violento derrote que impossibilitou que se fechasse. Na segunda tentativa já corrigiu e recebe melhor o toiro, muito bem todo o grupo a ajudar, sem agarrões e todos a funcionarem, eu vou salientar 2 elementos que me surpreenderam pela positiva, especialmente porque foi a vez que os vi melhor, é o caso da 1.ª ajuda do Guerra e a 2.ª o “Stefanel” (Manuel Sousa Dias).

Não aprofundo o resto da corrida porque não nos dizia directamente respeito, mas posso dizer que tanto cavaleiros como forcados estiveram à altura e resolveram todas as situações que tiveram pela frente.
Para terminar gostava de dar os parabéns ao Nosso Grupo pela temporada que tem vindo a fazer e desejar a maior sorte para o que ainda está para vir. Temos rapaziada nova com vontade, entrega e a interiorizarem o espírito do Grupo para que exista sempre continuidade.
Pelo Grupo de Évora, Venha vinho!
Fernando Luis Ornelas Vasconcelos"

segunda-feira, agosto 13, 2007

Góis - 12 de Agosto

Nesta digressão a terras Beirãs, fez o comentário o elemento mais velho do Grupo que não se fardou, visto estarmos "por nossa conta" sem acompanhantes nem convidados... O Bernardo é também um elemento preponderante na vida do nosso Grupo, e um forcado de Dinastia com muitas provas dadas, muito saber e autoridade para comentar tudo o que com Tauromaquia se relacione...

"Corrida de Góis 12/13 de Agosto
Estamos em Agosto, mês por excelência de festas e romarias e mais uma vez, à semelhança de anos anteriores tivemos a nossa pequena digressão pelos caminhos de Portugal. Desta vez o destino ditou-nos Góis, pequena localidade rodeada pela bonita Serra da Lousã, bem no centro do País. Vila bonita, recheada de história e paisagens de cortar a respiração, fazendo lembrar um pouco os Cantões Suíços em pleno Verão, podendo assim ser considerada uma digressão do GFAE à Suíça, lembrando outros tempos e citando Pedro Oliveira, o Rei. Fardámo-nos nos Bombeiros Voluntários de Góis, o que se revelou providencial, como mais adiante explicarei melhor. Tivemos o prazer de nos fazermos acompanhar pelo Armando Raimundo, forcado retirado, que nos acompanha sempre que pode nestas pequenas incurssões ao interior do nosso Portugal das Toiradas, tivemos também a companhia do Rui Sequeira, o grande Mata, que, apesar de evitar por completo as praças desmontáveis, acompanhou-nos neste passeio. Realço ainda a presença do nosso único acompanhante não forcado, o pai do Luís Engeitado, é de louvar uma pessoa que nos acompanha para "o sitío onde o Inverno passa o Verão", pois a temperatura era invernil e o pingo estava sempre presente na ponta dos narizes, muita humidade....
Para a corrida anunciavam-se os cavaleiros Vitor Gonçalves, Carlos Alves e Joana Andrade, grupos de forcados amadores de Évora e Portalegre, perante toiros de Higino Soveral.
Corrida fria, sem qualquer tipo de ambiente, sem qualquer aliciante e com apenas 200 pessoas a assistirem à mesma.Os cavaleiros, sentiram enormes dificuldades perante um curro desigual de pesos mais igual de comportamentos, perigosos, mansos, violentos, sem marrar, toiros a evitar!
Perante este panorama e dado o enquadramento do espectáculo a que se assistia, adivinhavam-se dificuldades para pegar os toiros. Para o primeiro, um toiro grande de mais para a praça, muito manso, sem investida, o João Pedro escolheu o Gonçalo Pires, forcado jovem mas com grande sentido de reponsabilidade e discernimento para este tipo de situações, não se deram vantagens ao toiro e o Gonçalo fez uma pega boa, superiormente ajudado pelo Rui Sequeira nas primeiras, realçando também a entrada do José Maria Meneres nas segundas. Primeiro problema resolvido.
O segundo toiro, mais pequeno foi cumpridor, para este foi escolhido o Vasco Fernandes, forcado muito jovem mas com muita raça e merecedor deste toiro por aquilo que demonstrou em Albufeira, pena não ter sido numa praça mais agradável, mas continuando assim, rapidamente aparecerão essas praças no seu horizonte. O Vasco citou com muita elegância, de largo, fazendo o toiro sair com prontidão, no momento da reunião o toiro procurou o Vasco e ele esteve perfeito em colocá-lo com a voz, reunindo muito bem, foi também muito bem ajudado pelo Zé Meneres nas primeiras e pelo Miguel Saturnino nas segundas. Todo o grupo esteve muito bem a ajudar.
Terceiro toiro, segundo problema, um toiro ainda mais manso que o primeiro, nem marrava, a solução foi um cernelha perigosa, sem cabrestos mas brilhantemente executada pelo Diogo Cabral e pelo rabejador do Grupo de Portalegre. Realço o sangue frio de ambos e o voluntarismo dos mesmos, toiros assim dão de facto um amargo de boca a qualquer forcado. Saliento a prestação do nosso Francisco Alves, bastante mais calmo e trabalhando mais com os braços do que com a cabeça, as coisas resultaram com vistosidade.
O Grupo de Portalegre realizou as suas duas pegas ao primeiro intento, também com o intuito de resolver os problemas que os toiros apresentavam, estiveram bem.
Voltámos rapidamente ao nosso Quartel de Bombeiros para a desfardação e, como referi mais acima, ainda bem que lá estávamos pois o carro do Armando avariou-se, não abria e tinha toda a bagagem dentro, a solução foi a experiência de uma jovem bombeira que com o auxílio de um desencarcerador partiu o vidro do carro para podermos ter acesso ao seu interior...quarto problema!..também resolvido!
Seguimos viagem para a Figueira da Foz, onde tinhamos uma mesa à nossa espera no restaurante Caçarola, restaurante oficial do Grupo quando andamos no centro de Portugal, grande jantar. Destes dois dias aquilo que de positivo destaco foi a coesão do grupo na resolução dos problemas dos toiros, o jantar e convívio na Figueira da Foz e a união que cada vez mais se sente no GFAE, assim a palavra amizade não é apenas mais uma palavra do dicionário, é uma palavra carregada de significado.
Um abraço, Bernardo Salgueiro Patinhas "

Pegar e ver pegar toiros tem grande diferença

Neste último 11 de Agosto o nosso Grupo fez 44 anos e está a decorrer a 45ª. época.
A tradição portuguesa dos grupos de forcados contarem a sua antiguidade está relacionada pelos anos consecutivos de actuações de cada grupo. Ou por outra: Tem estado, apesar de ultimamente se comemorarem idades de grupos que estiveram parados.
Contudo, não é exactamente igual um grupo pegar ou ver pegar toiros. Quando alguns grupos consideram no seu historial os anos que estiveram parados e anos de actuações de outros grupos da mesma terra, algo confunde e muito o público.
Em tempos houve em Évora outros grupos de forcados. Uns profissionais e outros amadores.
O actual Grupo de Forcados Amadores de Évora iniciou-se em 11 de Agosto de 1963, comandado por João Nunes Patinhas e nada tem a ver com outros com o mesmo nome, como por exemplo um de 1914 (cabo António Loupa); o de 1941 (cabo António Vaz Freire); o de 1947 (cabo Fernando Vilalva) ou o de 1948 (cabo Augusto Cabeça Ramos).
Todos os que passaram pelo actual Grupo de Forcados Amadores de Évora, começando pelos seus três cabos, João Nunes Patinhas, João Pedro Oliveira e João Pedro Rosado, têm esse conceito: o grupo tem 44 anos e está na 45ª. época.
Os grupos anteriores de Évora, que dignificaram também a cidade e a tauromaquia portuguesa, tiveram as suas épocas mas não conseguiram o mais difícil num grupo de forcados amador: a sua continuidade.
Com excepção dos Amadores de Santarém, Amadores de Montemor e Amadores de Lisboa, todos os restantes saem à esquerda doa Amadores de Évora, por muitas e elaboradas contas de antiguidades que andem a fazer.

Por todos os que envergaram a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Évora

VENHA VINHO !

Manuel Peralta Godinho e Cunha
Agosto de 2007

Beja - 10 de Agosto

Para comentar a esta corrida, escolhemos um filho do Baixo Alentejo. Ele é para nós uma referência no interior do Grupo como modelo de conduta, humildade e de "Espírito GFAE". Sendo também (para além de todas as suas qualidades Humanas), uma referência da Forcadagem actual, a quem o infortúnio bateu à porta...

"Nesta tradicional corrida do 10 de Agosto em Beja o Manuel Silveira pediu-me que fizesse a crónica da corrida e eu infelizmente aceitei.
Digo infelizmente porque normalmente quem faz as crónicas é quem está a assistir como espectador, situação a qual me custa bastante, ver todos lá em baixo divertindo-se a pegar toiros e eu não poder contribuir para esses momentos únicos que só nós que cá andamos sabemos dar valor.
Bem mas falando da corrida, calhou-nos neste concurso de ganadarias Alentejanas os toiros mais pesados da corrida, o nosso 1º da ganadaria Condessa de Sobral com 560kg, um toiro sério com apresentação, saiu bem mas com decorrer da lide denotou-se um pouco manso e com sentido mas nada que Ricardo Casas Novas ( Bimbo) forcado que atravessa momentos de muito boa forma não resolvesse com galhardia. O toiro saiu-se solto o Ricardo não conseguiu uma boa reunião mas agarrou-se com vontade e o grupo coeso a ajudar resolveram sem problemas.

O nosso 2º um toiro da ganadaria Luís Rocha com 520 kg um toiro que na lide foi a menos e não transmitia, toiro bastante acessível para José Pereira esse Forcado de grandes pegas que por vezes as coisas não resultam, e infelizmente aqui em Beja perto de sua casa e dos seus amigos não resultaram. O Zé não conseguiu fazer aquilo que fez em Lisboa que foi mandar no toiro e isso dificulta mais a execução perfeita da pega, tendo assim uma reunião de grande impacto a qual o deixou lesionado, mas o Zé com todo o seu valor não queria que o seu oponente levasse a melhor fazendo mais duas tentativas, já debilitado fisicamente mas de cabeça erguida e com vontade de lá ficar. Na sua ultima talvez não o tenha conseguido por falta de uma mãozinha dos ajudas e do rabejador.
Sendo assim dobrado por António Alfacinha a 1ª a resolver sem complicar com ajuda carregada de Vasco costa.
Foi mais um 10 de Agosto em Beja que fica marcado com a lesão do Zé Pereira, mas com certeza que quando recuperar vai vir com muito mais "ganas" de fazer grandes pegas como nos tem habituado.
Desejo-te rápidas melhoras.

pelo Grupo d'Évora.Venha Vinho.....

Saudações taurinas

Francisco Pulido Garcia"

sexta-feira, agosto 10, 2007

Terrugem - 3 de Agosto

Dia 3 de Agosto, ainda envolvidos na aura do triunfo da noite anterior no Campo Pequeno, deslocámo-nos à simpática vila da Terrugem que tão bem nos acolhe sempre que por lá passamos. Enfrentávamos um curro de Nuno Casquinha, ganadaria com fama de colocar geralmente dificuldades para a pega. Reinava pois um misto de alegria e expectativa no seio do Grupo.
Os toiros acabaram por saír no cômputo geral bem, e o nosso Cabo enviou para a cara do 1º Toiro o António Moura Dias que pegou à segunda, estando irrepreensível nas 2 tentativas que fez, na primeira um pouco de azar nas ajudas.
Para o nosso 3º o João mandou o Francisco Abreu, forcado da zona, que se tem notabilizado nas ajudas, e que é um ajuda de valor, mas que em ocasiões como esta gosta de pegar. Esteve desacertado na 1ª tentativa, consumou à segunda sem problemas.
Como já repararam, deixei para último o nosso 2º Toiro, e fi-lo propositadamente para falar de um enorme amigo e grande senhor do Grupo de Évora e da Tauromaquia. Para este toiro o João enviou o Manuel Rovisco, forcado consagrado de pegas duras e emblemáticas, que perto de casa, perto dos seus, tinha oportunidade de levar um “rebuçado” e com um toiro à medida luzir-se entre paisanos. Mas a festa e os toiros por vezes são ingratos, bem como a vida, e nesse toiro que não teve problemas e que ele garbosamente pegou “sem espinhas” à primeira tentativa, o azar acabou por bater à sua porta e fracturou a tíbia e o peróneo. Pois é, o Manel que tantos toiros “fieros” já enfrentou e que tantos “diabos” já superou descalçando inúmeras “botas” ao nosso Grupo, acabou por caír quando e como ninguém esperava. Mas caíu de pé, como só os grandes fazem...
Pegou o seu toiro à primeira e saíu de maca. Aqui mais uma lição de pundonor e maestria ele nos deixou a todos, sempre com um sorriso na cara, e até levantando-se da maca para agradecer ao público que o aplaudia... Que emoção Manel, não me irei esquecer...
Como diz o nosso Cabo, na festa os grandes professores são os toiros, e na Terrugem, todos nós tivemos uma lição de humildade e de que qualquer toiro nos pode ferir seriamente. De que o ânimo e a importância tem de ser dada por igual a qualquer toiro, senão corremos riscos sérios. Não que o Manel tenha ido de ânimo leve, pelo contrário, ele estava empenhadíssimo na sorte, mas um toiro, como fera é imprevisível, e a linha que separa a sorte grande do azar fatal é muito ténue, e por vezes esses dois extremos confundem-se .
Agora Manel és tu quem tem de pegar o “toiro” da lesão, mas conta como sempre com o nosso apoio, o apoio destes teus amigos, pois muito em breve sei que estarás junto de nós para fazer o que mais gostas, o que melhor sabes, e o que nos enche de orgulho ver-te fazer com a nossa jaqueta vestida, Pegar Toiros.
A ti te desejamos sorte e muita força, e como tu mesmo dizes em tom de brincadeira, agora digo-to eu de forma bem séria:
Um grande Bem-Haja por andares na Festa Manel!!!

Manuel Silveira

terça-feira, agosto 07, 2007

Campo Pequeno - 2 de Agosto

Para esta corrida em Lisboa no Campo Pequeno, escolhemos um antigo forcado, natural de Lisboa e que desde o dia em que pela primeira vez acompanhou o Grupo tem prestado provas da sua amizade, dedicação e entrega ao G.F.A.É. Aqui cresceu, aqui se fez homem e até aqui se acabaria por casar, eis o exemplo de um percurso de vida em torno de um Grupo, do nosso Grupo.

"Foi uma grande e agradável surpresa, o convite que me foi feito, por parte do Manuel Silveira, para redigir a crónica da Corrida do Campo Pequeno (02/08/07).
De facto não estava nada à espera de ser o escolhido, para esta tarefa de tanta responsabilidade, nesta praça, mas é uma honra e um prazer poder fazer uma crónica, de uma corrida do meu Grupo. Desde já os meus mais sinceros agradecimentos ao GFA Évora e em especial ao Manuel Silveira.
Antes de mais, queria apenas relembrar que não sou nenhum crítico tauromáquico, nem cronista. Apenas vou relatar os factos da Corrida, da forma como eu, um antigo elemento do Grupo e Vosso amigo, vi a Corrida.

Lisboa, 2 de Agosto de 2007
Praça de Toiros: Campo Pequeno
Cavaleiros: Sónia Matias
Ana Batista
M. Ribeiro Telles Bastos
Manuel Lupi

Grupos de Forcados: Grupo de Forcados Amadores de Évora
Real Grupo de Forcados Amadores de Moura

Ganadaria: Sommer D’Andrade

A ganadaria, Sommer D’Andrade, enviou um curro bem apresentado e com pesos entre os 500 e 550kg.

O primeiro toiro foi lidado a duo pelas duas Cavaleiras Sónia Matias e Ana Batista. Foi uma lide muito pouco conseguida por parte das duas jovens Cavaleiras.
O segundo toiro foi lidado por o Cavaleiro Manuel Lupi. Uma lide boa, muito positiva. Devido ao êxito da lide, explorou demasiado o toiro e este já veio a “menos” para o forcado.
O terceiro toiro, lidado por o Cavaleiro M. Telles Bastos. Mais uma lide boa com qualidade e muito positiva com o bonito e eficaz cavalo árabe, ferro Coudelaria Nacional.
O quarto toiro foi lidado pela Cavaleira Sónia Matias, mas esta não foi uma noite de êxito e triunfo para a Sónia Matias.
O quinto toiro foi lidado pela Cavaleira Ana Batista, que esteve melhor face à sua primeira lide.
O sexto toiro foi lidado a duo, pelos Cavaleiros M. Telles Bastos e Manuel Lupi. Mais uma vez estes dois Jovens Cavaleiros demonstraram toda a sua qualidade e mesmo a duo foi uma lide muito conseguida.

Quanto às pegas foi da seguinte forma que as vi:

GFA Évora

Toiro: Urracan, 533kg

Cara: Bernardo Patinhas
1ª Ajuda: Diogo Cabral
2ª Ajuda: Francisco Abreu
Guilherme Oliveira
Rabejador: Francisco Alves
3ª Ajuda: Rui Sequeira
Guerra
Nuno Lobo

O experiente Bernardo Patinhas abriu praça. Como sempre, muito elegante e toureiro soube citar e mandar no toiro com um momento de reunião difícil, porque o toiro arrancou bem mas perdeu-se um pouco a meio. Só a experiência do Bernardo, que lhe foi falando, permitiu uma reunião aparentemente fácil, consumando a pega à primeira tentativa. Muito bem, o grupo a ajudar. Foi pena não ter sido uma noite de êxito para o Francisco Alves, que não esteve bem a rabujar este toiro. Mas estamos sempre a aprender com os nossos erros. É importante ter a humildade de os aceitar, levantar a cabeça e batalhar para ter a oportunidade de corrigir esses erros.


Toiro: Impostor, 508kg

Cara: Gonçalo Pires
1ª Ajuda: Miguel Cabral
2ª Ajuda: Francisco Abreu
Guilherme Oliveira
Rabejador: Manuel Rovisco
3ª Ajuda: Vasco Costa
Diogo Cabral
Gonçalo Pimentel
O Gonçalo esteve muito bem. Não teve hipótese de mandar no toiro pois o toiro já estava muito desgastado fisicamente e já só caminhava junto às tábuas. Quando investiu, pareceu uma investida como que em fuga. O Gonçalo reuniu bem com o toiro e ainda aguentou alguns derrotes, consumando a pega à primeira tentativa. O restante grupo esteve bem a ajudar.

Toiro: Flamenco, 526kg

Cara: José Pereira
1ª Ajuda: Diogo Cabral
2ª Ajuda: Francisco Abreu
Guilherme Oliveira
Rabejador: Manuel Rovisco
3ª Ajuda: Miguel Cabral
Gonçalo Pimentel
Guerra

Gostei muito de ver o Zé, muito bem em praça, muito bem a citar e a mandar no toiro com garra e a saber perfeitamente o que estava a fazer e o que tinha de fazer. Um muito bom momento de reunião e depois a fechar-se também muito bem à primeira tentativa. Mais uma vez o grupo esteve muito bem e coeso nas ajudas.


Real GFA Moura
O Grupo de Moura concretizou as pegas da seguinte forma: primeiro toiro à 2ª tentativa, o segundo à 1ª e o terceiro à 2ª.
As rápidas e sinceras melhoras para um ajuda que saiu um pouco combalido.
Para finalizar e em modo de conclusão, queria felicitar o GFA Évora pelo êxito enorme que alcançou no Campo Pequeno e pelo excelente momento de forma que atravessa.
Que as boas actuações e êxitos continuem por todas as praças de toiros do País.
Um forte abraço para todos os actuais elementos do Grupo e também antigos elementos.
Pelo Grupo de Évora…venha vinho.

Francisco Duarte"

quinta-feira, agosto 02, 2007

Alcáçovas 28/7/2007

Para a crónica desta corrida foi escolhido um filho da terra, antigo forcado do nosso Grupo de grande gabarito e galhardia, irmão do actual Cabo e recém casado.

"A pedido do Manel Silveira (Ouriço) calhou-me a mim a tarefa árdua de redigir a crónica da corrida das Alcáçovas, corrida essa que representa muito para mim e para toda a minha família pois é a nossa terra, fardamo-nos no monte e há sempre festarola, desde já endereço agradeço o convite que aceitei com muito apreço.
Passado um ano de interregno o GFAE voltou a uma praça e a uma terra que muitas recordações traz ao grupo. Não sei precisar mas as Alcáçovas já fazem parte do calendário taurino do GFAE à cerca de 15 anos. Ali se iniciaram muitos forcados, pegaram-se pela primeira vez alguns toiros (o meu caso é um desses dia 27 de Julho de 1996).
Esta corrida é também sobejamente conhecida pelas “Festas” no Monte da Courela, festas essas que muitas vezes duraram até à garraiada do dia seguinte e de onde saíram estórias inesquecíveis. Os meus pais sempre adoraram a presença do nosso grupo na Courela, daí nos proporcionarem sempre jantares divertidíssimos, onde acabávamos por ficar até de manhã na alpendorada a “pegar toiros”.
Este ano mais uma vez voltámos a jantar no monte apesar dos meu pais estarem ausentes penso que tudo correu pelo melhor e que a voltámos a ter festa da grande, até porque graças a Deus a corrida correu bem e mais importante ainda ninguém se aleijou.
Passando para a crónica da corrida propriamente dita, o cartel era composto pelos cavaleiros Luís Rouxinol, Francisco Núncio (a jogar em casa) e António Maria Brito Paes, Grupo de Forcados Amadores de Montemor e Évora para pegarem um curro de 6 Núncios.
Quanto aos cavaleiros a minha pouca cultura neste campo impede-me de fazer uma crónica mais aprofundada. A meu ver Luís Rouxinol foi que melhor se mostrou sendo também ele quem neste momento está melhor montado. Fez duas lides muito semelhantes entreteve o publico e não foi maçador na hora de cravar mais ferros.
Francisco Núncio teve uma actuação ao seu estilo. Mais sóbrio calhou-lhe também o pior lote de toiros (não sendo mau) mas a jogar em casa ainda ouviu bastantes palmas.
António Brito Paes, teve uma noite menos conseguida principalmente no seu segundo toiro.
Quanto às nossas pegas e isso é o que interessa.
Para o primeiro toiro o meu irmão escolheu o Ricardo Casas-Novas que com todo o seu saber realizou uma pega fácil onde fez tudo bem. Gostei muito de vê-lo pois atravessou um longo calvário por lesão e folgo em ver que continua com a mesma garra. Neste toiro evidenciou-se ainda um jovem, Miguel Saturnino com uma excelente primeira ajuda plena de querer e de sitio.
Para o segundo toiro foi escolhido o Nuno Lobo, vulgo Gafanhoto. Ele que agora está mais virado para outras “posições” não quer deixar morrer o bichinho de pegar um toiro de caras. Acho que é de louvar esta atitude até porque pegar um toiro volta e meia ajuda muito um ajuda a entender melhor os comportamentos de um toiro. Fez uma pega fácil à primeira demonstrando ao cabo que efectivamente pode ser mais uma boa opção para pegar de caras, e tornando-se cada vez um forcado mais completo, o toiro foi bem ajudado por todo o grupo que deu o “cabedal” ao manifesto.
O Nuno brindou a pega deste toiro à Marta e a mim, um gesto que nos sensibilizou muito. Ele que no nosso casamento estava tão eufórico que decidiu ficar para o segundo dia (mas com mazelas…).
O Faruk decidiu montar a barraquinha tradicional e foi agarrado ao sair do toiro a rabejar, no entanto o desprezo que ele tem pelos bois na hora da saída para mim é uma coisa linda.
Por fim perfilou-se o Jorge Vacas para pegar o ultimo toiro que me pareceu o menos esclarecido. O Jorge que já tinha passado a tarde a azucrinar a cabeça do meu irmão para pegar sempre levou a sua avante. Na primeira tentativa recebe mal o toiro sendo despejado logo no momento da reunião. Fecha a actuação à segunda (e meia) depois de o toiro ter feito um ameaço de arrancar mas no momento da reunião escorrega e volta para trás (o toiro não o forcado). O seu irmão Zé deu-lhe uma boa ajuda assim como o restante grupo.
O Grupo de Montemor pegou os seu toiros correctamente à 2ª , 1ª e 1ª por intermédio dos forcados Frederico Manzarra, Noel Cardozo e António Casimiro respectivamente.
Foi um boa maneira de fechar uma dura tripla de corridas. Com uma corrida confortável que deu para rodar elementos mais novos que acabaram por aproveitar a oportunidade.
Depois rumámos ao Monte da Courela onde nos esperava uma ceia animadíssima, com muitos discursos, e muita diversão. No outro dia ainda houve almoço.
Grande Abraço a todos e que me continuem a encher de orgulho de ter vestido a mesma jaqueta que vocês agora vestem e tão bem defendem.
Pelo Grupo de Évora Venha Vinho
António Rosado"

Entradas 27/7/2007

Cartel:
Toiros dos Herdºs de Cunhal Patrício

Luis Rouxinol
Tito Semedo
Vitor Ribeiro

GFA Évora
GFA Cascais

Pegaram pelo nosso Grupo o João Pedro Oliveira (3ª), o António Moura Dias e o António Alfacinha. Crónica em breve...