segunda-feira, julho 16, 2012

Crónica Corrida Évora


Évora, 14 de Julho de 2012
Corrida de Homenagem da cidade de Évora a D. João de Noronha

Foi com bastante satisfação que acedi ao pedido do Cabo António Alfacinha para escrever a crónica de mais uma corrida do nosso grupo e na nossa terra.

Corrida importante e com muita responsabilidade, pela Praça que é, pelo Curro que era e pela grande homenagem feita a um grande aficionado e Avô de 2 grandes elementos do nosso grupo.
Cartel composto por João Telles jr, Francisco Palha e Tiago Carreiras. Grupo de Évora e S. Manços frente a toiros da prestigiada ganadaria Murteira Grave.

Começo por deixar as minhas palavras ao Duarte Meneres, forcado retirado, pela sua disposição e desde logo grande vontade em participar nesta corrida de homenagem a seu Avô, só ele sabe as emoções por que passou a volta deste momento. Logo te deixo um grande Olé pela tua postura e atuação em praça. Zé Maria tu também as vivestes e como forcado ativo fizeste e bem, aquilo que sabes fazer e homenageaste o teu Avô da melhor maneira também.
Corrida séria com um lote desigual de Murteira Grave, bem rematados e sérios como são sempre.

Para abrir praça e merecidamente o nosso cabo escolheu o João Pedro Oliveira ”Guga”, forcado com provas dadas, que tem vindo a crescer de corrida para corrida, escorregaste um pouco antes da reunião o que fez com que o toiro se descompusesse e não recebeste da melhor maneira o toiro, mas emendaste desde logo com a tua enorme vontade e consumaste á primeira tentativa com o grupo a ajudar bem.

Para o segundo toiro foi escolhido e bem o Zé Miguel, que bom momento nos deste, a fazer as coisas com calma e bem, andaste até aos terrenos que te sentias bem mandaste vir o toiro e fizeste uma bela pega, pena não teres ficado à primeira tentativa que tiveste igualmente bem, ali com uma mãozinha tinhas ficado, foi pena, mas na segunda cresceste e pegaste bem.
Fechou a corrida o Gonçalo Guerreiro “Sali”, já te vimos melhor, não sei se acusaste a responsabilidade da praça, da corrida que era ou da pouca rodagem que tens tido este ano, ao principio apareceste pouco e talvez isso se tenha refletido. Fizeste as coisas todas muito a correr, muito nervoso e nunca recebeste bem o toiro, resolveste á segunda, as coisas bem feitas como tu já mostraste que sabes fazer tinhas resolvido á primeira sem duvida nenhuma. Um dia não são dias e não te vão faltar oportunidades com certeza para te emendares e fazeres grandes pegas. Boas segundas ajudas dos irmãos Menéres num gesto bonito a irem os dois das segundas ajudas.

Partilhou esta corrida com o Nosso grupo, o grupo de forcados amadores de S. Manços que pegaram respetivamente Pedro Santos, à terceira, Nuno Leão, à primeira e Pedro Fonseca, à terceira. Vencendo o prémio D. João de Noronha em disputa para a melhor pega.
Não posso deixar de salientar o facto, da empresa ter disponibilizado a receita da gala do forcado e a ter entregue ao forcado José Conceição, elemento do grupo de forcados amadores de S. Manços que foi vitima de uma grave colhida que lhe provocaram damos graves para o resto da vida.

Deixo então o meu grande Olé ao nosso grupo, que tenham grandes triunfos e nos honrem com muitas e grandes pegas.
Um grande e forte Abraço e pelo Nosso grupo VENHA VINHO, VENHA VINHO, VENHA VINHO.


Vasco Costa

 

sexta-feira, julho 13, 2012

Crónica Albufeira

Albufeira, 11 de Julho de 2012

Acedendo ao pedido do meu cabo, tenho hoje a honra de escrever a crónica da corrida de Albufeira, ao qual agradeço.

Uma corrida destinada aos jovens valores da Tauromaquia Nacional, onde o característico público de Albufeira preenchia mais de ¼ de casa, da “Trintona”praça Algarvia.

Lidavam-se erales de Valedeterrazo, de escasso trapio, que cumpriram na generalidade destacando-se o primeiro.

Compartilhámos cartel com a cavaleira praticante Sofia Almeida e os amadores Cláudia Almeida e Ruben Inácio, que demonstraram um toureio de boa nota, com características principiantes, mas com ambição de triunfo.

No capítulo das pegas, foi para a cara do primeiro da ordem, o forcado Dinis Caeiro. Algo apressado no cite, cedo entrou nos terrenos do touro. Carregou com decisão e reuniu de forma correcta, fechando-se para não saír. De salientar a boa primeira ajuda do Luis Vilhena e a forma eficaz como os restantes fecharam a pega.

Para pegar o segundo perfilou-se o forcado Sérgio Godinho. Um forcado recente, que tem dado mostras de dedicação e vontade, para fazer parte da nossa“família”. Na minha perspectiva, calhou-lhe em sorte o touro mais complicado, que exigia mais técnica na reunião.
Nas primeiras duas tentativas, citou com calma mostrando-se ao oponente, que arrancava solto humilhando pelo chão, dificultando a reunião e tirando a cabeça quando agarrado. O Sérgio empranchou-se, não conseguindo reunir eficazmente. Na terceira tentativa, reuniu bem e foi bem ajudado por todo o Grupo, consumando assim a pega.

O terceiro da ordem foi pegado pelo forcado Gonçalo Guerreiro, também ao terceiro intento. O Gonçalo já não pegava há algum tempo e demonstrou alguma insegurança nesta pega. Na primeira tentativa não aguentou o touro, começando a recuar cedo demais, pelo que este o perdeu e lhe investiu ao lado. Na segunda tentativa, pelo contrário, não recuou e o touro colocou-lhe a cara por cima dificultando a reunião e pisando-o durante a viagem desfeitando-o.
Ao terceiro intento reuniu muito bem e aguentou uma viagem longa fechado na cara do touro que fugiu ao grupo. É de ressalvar a excelente ajuda do João Pedro Rêgo que recuperou eficazmente aguentando até o restante grupo chegar e consumar a pega.

A primeira e única parte desta corrida estava concluída.

Após o fim do espetáculo, fomos convidados a permanecer na praça, para pegar um touro com que o cavaleiro Tito Semedo iria treinar.
Foram efectuadas duas pegas, uma pelo forcado Rui Gomes que prontamente se ofereceu para pegar esse touro e pelo forcado Gonçalo Guerreiro, que teve oportunidade de corrigir os erros durante a pega que efectuou na corrida.

Dirijo uma palavras de boas vindas aos forcados José Maria Ceiro e Cristin Cernatu, que se fardaram nesta noite pela primeira vez no Grupo. Desejo-vos sorte e que saibam sempre honrar a o nome do Grupo de Évora, dentro e fora da praça.

Uma palavra de amizade também para todos os que estiveram presentes na corrida. Uma corrida durante a semana, longe da nossa terra, que exige sacrificio, a todos os que trabalham e têm compromissos no dia seguinte. Enquanto elemento do grupo agradeço-vos a dedicação.

Pelo nosso Grupo,

Venha vinho... e touros... e amizade!

Um abraço a todos,

Ricardo Casas-Novas

quarta-feira, julho 11, 2012

Crónica Corrida das Velas, São Jorge, Açores

Açores 7 de Julho de 2012.

Cartel: Tiago Pamplona
            Sário Cabral
            João Pamplona
Grupo de Forcados de Évora e Grupo de Forcados do Ramo Grande
6 Toiros de Álvaro Amarante.

3/4 de casa forte numa tarde muito agrádavel, onde os 3 cavaleiros tiveram um pouco irregulares fruto da pouca rodagem das suas montadas. Bem apresentados cumpriram bem a sua papeleta os 6 exemplares da Ganadaria de Álvaro Amarante. Tarde de algumas estreias feitas pela cabo do Ramo Grande, onde não sentiram dificuldades de maior em resolver as suas 3 pegas.
Para a cara do primeiro toiro da tarde foi escolhido pelo Cabo António Alfacinha o José Miguel Martins, forcado que já não pegava à um ano e sem se notar esta situação, citou com muita calma o seu oponente, aguentado a investida e realizando uma pega perfeita do inicio ao fim à primeira tentativa, muito bem ajudado pelo grupo todo, a destacar a 1ª ajuda do Luis Nobre a dar bem o peito e vindo sempre agarrado até ao grupo fechar junto à trincheira.
Segunda toiro da tarde, pegou o forcado Ricardo Matxira Sousa, na primeira tentativa talvez um pouco nervoso e a não perceber o que tinha pela frente. Ao carregar o toiro sai com pata, adiantado um piton e a não deixar que o forcado se fechasse. À segunda tentativa tudo diferente, o forcado cita e recua muito bem, tendo uma excelente reunião, depois o toiro foge ao grupo, mas bem ajudado pelo 1ª ajuda José Vacas e também pelo rabejador Gonçalo Mira que deu e bem uma importante 2ª ajuda. Na minha opinião a pega da corrida.
Terceiro e último toiro, Jorge Vacas que estava um pouco apreensivo, fruto talvez da sua pega de S.Cristóvão do ano passado e por "aquela coisa" que assistimos chamada sorteio. Escolha acertada do nosso Cabo em mandar o Jorge à cara do toiro, realizou uma boa pega à primeira tentativa com o  toiro a dar luta com dois fortes derrotes e depois a vir com a cara pelo chão dificultando a entrada dos ajudas.
Boa actuação do Grupo de Forcados Amadores de Évora em terras Açoreanas o que já não acontecia há 18 anos.
Seguisse o jantar muito agradável na casa do Ganadero Álvaro Amarante em conjunto com o resto dos intervenientes da corrida, onde se realizaram os nossos tradicionais discursos de digressão. Para terminar a noite fomos conhecer as Festas da Ilha de S.Jorge.
Para finalizar dois agradecimentos muitos especiais ao Sr. Ávaro Amarante pelas refeições oferecidas ao nosso Grupo e aos Amadores do Ramo Grande que foram incansáveis desde que aterramos na Ilha Terceira até ao nosso regresso ao Continente.

E PELO GRUPO DE ÉVORA, VENHA VINHO, VENHO VINHO, VENHA VINHO.

Fernando Manuel Diogo Alves Henriques

terça-feira, julho 10, 2012

Fotos Digressão Açores, Corrida em São Jorge













terça-feira, julho 03, 2012

Crónica Corrida de São Pedro, Évora

Corrida de S. Pedro

É com muita alegria que teço os comentários à actuação do Grupo de Forcados Amadores de Évora a pedido do cabo António Alfacinha.

Corrida de S. Pedro que por si só têm uma mística muito cimentada no seio do grupo, pois sendo o dia da cidade de alguma forma ao longo dos tempos têm havido o propósito de criar nesta data o dia de todos os antigos e actuais conviverem e relembrarem momentos que o tempo encheu de recordações de actos de valentia, sustos, momentos de glória e o orgulho de ter pertencido a este grupo de forcados.

À empresa há motivos para felicitações, pois com o cuidado com que se empenhou a montar este cartel proporcionou ao público exigente de Évora, um espectáculo alegre e empolgante, vivo que a todos deixou satisfeitos, com vontade de voltar à Arena de Évora.

Dirigiu com o habitual acerto o director de corrida, Pedro Reinhardt.

Casa com entrada de cerca ¾ de público, que com grande insatisfação minha, já não se mostra tão respeitador das regras enquanto se desenrola a lide, talvez por hoje com a qualidade e mobilidade que o recinto proporciona, o recato durante as lides seja menor, é pena.

Toureiros por ordem de antiguidade Joaquim Bastinhas - António Telles – Luís Rouxinol – Gilberto Filipe – João Moura Caetano – J. Maria Branco, que estiveram todos a contento.

Toiros de Pinto Barreiros com trapio, parabéns ao ganadeiro que está a desejo na Arena de Évora, pois após o êxito no concurso volta com muita dignidade a esta cidade.

Nas pegas esteve o GRUPO de FORCADOS AMADORES de ÉVORA, na minha qualidade de antigo elemento e antigo cabo vou tentar ser objectivo e esquecer os sentimentos que nutro pelo nosso grupo.

No primeiro toiro esteve RICARDO CASAS NOVAS com um oponente algo distraído e a sair solto dificultou os tempos da pega, não humilhando, obrigou o cara a uma reunião alta e por isso um trajecto algo pendurado com a natural saída por baixo do forcado que nos têm habituado a mais e melhor, na segunda tentativa, naturalmente já tivemos o Ricardo em grande, a proporcionar  uma boa pega com os ajudas a mostrarem grande coesão.

Brinde ao publico.

FRANCISCO GARCIA forcado já retirado foi à cara deste segundo toiro para numa pincelada de arte, sublinhar como se pode ser toureiro a pegar, muito bem “Vadio”, embora tenhas apertado com os teus amigos (alguns repartiram tardes de glória em tempos contigo) que te estavam a ajudar e tiveram de criar espaço, onde não havia, depois de tanto templares. Não posso acabar esta resenha sem realçar o desempenho de GONÇALO MIRA que nesta pega disse bem alto como é importante o desempenho do rabejador, Olé.

Brinde de Luís Rouxinol ao grupo com respectiva retribuição de JOSÉ PEREIRA ao cavaleiro. Na saída do Zé para a pega algo nervoso com o condão de me avivar a memória para momentos já vividos com este forcado, capaz do melhor e do menos conseguido, ao primeiro intento fechou-se sem convicção escorregando pela cara dum toiro que vinha por baixo dificultando as ajudas. Ao segundo intento mais do mesmo e por fim na terceira já tivemos o Zé a dar um ar da sua garra habitual e a mostrar  que podemos contar sempre com ele, os ajudas nesta derradeira sorte pareceram-me algo menos concentrados a permitir  que o forcado da cara tivesse raça para ficar no toiro.

No quarto toiro da tarde ao rematar nas tábuas desembolou-se, como manda o regulamento taurino o asteado recolhe aos curros ou recorre-se à sorte de cernelha, JOSÉ MIGUEL MARTINS que havia sido chamado para pegar este quarto da ordem de caras teve que dar a sorte ao CLÁUDIO CARUJO e FRANCISCO ALVES que primaram por uma cernelha cheia de saber, oportunidade e classe só destinada aos bafejados para grandes desafios pena que o toiro não fosse mais participativo, aguardamos outra altura para nos deliciarmos com outra cernelha, sem ser sorte de recurso.

A JOÃO PEDRO OLIVEIRA coube o quinto da ordem, para que não haja qualquer tipo de dúvidas o forcado mencionado é J.P. O. Filho, embora eu ainda vislumbrei alguma participação nas ajudas neste toiro, mas em virtude das facilidades evidenciadas pelo oponente achei por bem manter-me entre tábuas, não acreditem!!!.

O JOÃO PEDRO OLIVEIRA brindou à banda de Alcochete, como a banda estava situada por cima dos curros de imediato iniciou a sorte de largo, esteve sem complicar numa pega toda ela com nota elevada, pois no momento da reunião houve um desacerto do toiro, onde o forcado soube compensar com muita classe, as ajudas estiveram com acerto nota para DUARTE TIRAPICOS  “kádá” e JOÃO PEREIRA forcado já retirado.

ANTÓNIO ALFACINHA com brinde aos fundadores, continuadores e actuais numa pega com uma raça contagiante e de muito saber, bonito António assim se manda , o toiro acabou de joelhos junto à porta dos curros tirando brilho à pega ou subjugado a forcado que sempre põem uma entrega tremenda em cada pega.

A fechar não posso ficar indiferente a corrida tão cheia de sentimentos, recordações e saudades.

Só falta começarmos a caminhar na direcção duma temporada cheia de êxitos para que na próxima temporada o grupo esteja num momento tão alto como exigem as celebrações dos cinquenta anos de existência do sempre GRUPO de FORCADOS AMADORES de ÉVORA.

Para todos um abraço sentido do vosso amigo                                    





JOÃO PEDRO OLIVEIRA



Crónica Novilhada São Pedro, Évora

30 de Junho de 2012

Começar por destacar a excelente iniciativa da empresa, com a realização deste espetáculo para o futuro da festa brava, que pela atuação dos mais novos e pela grande entrada de público, a nossa festa por muitos anos vai continuar e bem viva.

Foi uma novilhada mista, onde atuaram na primeira parte os bezerritas, Diogo Peseiro, Pedro Cunha e João Rodrigues, todos vinham com vontade de triunfar e assim o fizeram, na segunda parte a lide a cavalo com Verónica Cabaço, Manuel Vacas de Carvalho e Alexandre Gomes, que tiveram ferros e arte de tourear de grande nível.
Os novilhos saíram exemplares e a medida para esta grande novilhada.

Agora falar da atuação do nosso grupo, apenas a descrevo com uma palavra orgulho, orgulho de ter visto rapazes extraordinários, com uma vontade, crer e raça de pegar os novilhos, honrarem a jaqueta que vestiam que agora todos sabem o peso que tem as costas.

Abrir praça João Direitinho com o site calmo, bonito e correto consumou a primeira tentativa, com o grupo a corresponder e a fechar com coesão, bem ajudado rapaziada.
Para o segundo saltou o Gonçalo Rovisco, com o crer e garra que já nos habitou, consumou também a primeira tentativa, superiormente ajudado pelo grupo.

A fechar a nossa atuação Francisco Oliveira que nesta noite iniciou as suas funções de cabo dos juvenis, Francisco assumiste este cargo de grande responsabilidade, lembra-te que és um exemplo a seguir para aqueles que contigo pegam, atenção ao exemplo que tens que dar dentro e fora de praça, deixo-te um abraço, que corra tudo bem e muita sorte. Fechou a corrida também a primeira com uma grande pega ao maior da corrida, bem a mostrar que esta para o que calhar.
Todas as 3 pegas tiveram brindes bonitos e sentidos durante esta noite.

Sobre esta noite não podia deixar de destacar dois forcados em tirar o mérito a todos os outros, porque se estes tiveram bem foi graças ao grupo todo, queria dar um grande abraço de parabéns ao Bernardo Manoel pelas três excelentes primeiras que deu e ao José Maria Caeiro pelos três rabos que fez de grande nível.

Um abraço a todos e muita sorte para a época

Pelo GFAE Venha Vinho….. Venha Vinho…. Venha Vinho….
José Maria Menéres