segunda-feira, julho 30, 2007

Albufeira - 26 de Julho

Para Comentar esta corrida escolhemos o algarvio mais alentejano de todos sendo simultâneamente o mais algarvio dos alentejanos. Uma antiga glória do nosso Grupo, que por motivos profissionais está hoje em dia radicado em terras mais ao sul... Pelo que achámos pertinente ser ele a comentar esta corrida perto de sua casa!

"Antes de mais quero agradecer a todos os elementos do GFAE. e em especial ao cabo João Pedro Rosado o facto de me proporcionarem a oportunidade de assistir a uma corrida de toiros, mais ainda por me terem oferecido a entrada, por isso torna-se pouco grato da minha parte vir ainda a fazer criticas, mas que conste que valem o que valem e são sempre e só a minha opiniao. No primeiro toiro que coube em sorte ao Manuel Rovisco o grupo não esteve nada bem transmitiu falta de concentração, surpreendido com a velocidade do toiro e alguma apatia para reagir as tentativas que se sucediam, no entanto tenho registar a forma como o Manuel teve as quatro tentativas com o toiro.
No segundo foi para a cara o José Pereira, tem obrigação de fazer muito melhor, o toiro não tinha problema nenhum vinha simplesmente com"pata" e o Pereira adiantou-se e defendeu-se simultaneamente metendo os joelhos nas duas tentativas tendo bastante sorte na segunda, uma palavra para o Carlos Sequeira que mesmo com o cara mal conseguiu ajudar e consequentemente o resto do grupo cumpriu
O ultimo onde Vasco Fernandes fez duas boas tentativas, e transmitiu que faria as que conseguisse pois após a segunda e onde se cortou na cara pegou no barrete e prontificou-se para ir novamente ao toiro, o grupo não esteve nada bem excepto o 1ª (Francisco Abreu) e o Guilherme oliveira, depois Francisco Garcia que muito bem foi da mesma forma para o toiro pois este a semelhança dos outros apenas havia mostrado que vinha a andar, mas não esteve nada bem no momento da recepção pois deu-me a sensação que estava a andar para o toiro e já este tinha arrancado para a investida o que fez que o Francisco lhe passasse por cima. Depois sucederam-se-se duas boas tentativas do Francisco Garcia pena que mais uma vez só o Francisco Abreu e o Guilherme oliveira é que se empenharam. A partir daqui penso que o Francisco Garcia ficou irreconhecível pois com a experiência que tem deveria ter ido para cima do toiro a meia volta. Por fim o Gonçalo Pires decidido e com determinação resolveu numa pega a cesgo com o grupo a carregar o que o Francisco deveria ter feito, esteve aqui tambem determinado e disponível o Carlos Sequeira assim como o grupo, pena ter tardado tanto.

Resumindo, quantos as coisas começam a complicar o grupo terá que reagir, fico da corrida com: As quatro boas tentativas do Rovisco, o mal que o Pereira esteve com o segundo, as seis primeiras do Francisco Abreu (sempre a meter-se lá todo), a raça do Guilherme Oliveira (sempre quis ajudar, valente), o repentismo do Gonçalo Pires e a disponibilidade do grupo na ultima tentativa. Um abraço sorte para o resto da temporada "Venha Vinho, Venha Vinho, ..............." Armando Chouriço

quinta-feira, julho 19, 2007

Évora - Corrida Real

"Corrida Real na Praça de Touros de Évora
No passado dia 13 de Julho do ano de 2007, o Grupo de Forcados Amadores de Évora alcançou mais um êxito a somar a muitos outros, já conseguidos na presente temporada. Perante touros da Ganadaria Rosa Rodrigues, que de forma geral não apresentaram dificuldades para os forcados de ambos os grupos, o GFAE foi o vencedor da votação do júri escolhido pela empresa, para o troféu de melhor forcado em praça. Os touros apresentaram inclusive pouco peso e trapio para a tradição dos últimos anos na praça de Évora, no entanto, é de realçar que não se registaram displicências por parte de nenhum forcado, antes pelo contrário, muito respeito pelo público e pelas jaquetas que envergaram.
Assim, e perante uma praça praticamente esgotada, o cabo João Pedro Rosado escolheu para a tentativa de pegar de caras, o jovem Ricardo Casas Novas. Iniciou o cite dando largas distâncias ao touro, para o que contou com a colaboração do Bernardo Patinhas, que manteve o touro fixo nas tábuas. Quando o forcado entrou nos seus terrenos (local onde se sente mais eficaz e seguro), mandou então no touro, que investiu sem grande velocidade, levando o forcado bem fechado na viagem, sendo este muito bem ajudado pelos restantes elementos do Grupo. Consumada a pega, o forcado deu a volta merecida com o cavaleiro António Ribeiro Telles. No segundo touro, foi para a cara o forcado Ricardo Castelo do Grupo de Forcados de Vila Franca. Iniciou o cite já no médios, procurou os seus terrenos, de onde carregou o touro, que não provocou qualquer dificuldade a uma pega também ela bem ajudada pelo seu grupo. Volta com cavaleiro igualmente merecida.
No terceiro da ordem, foi sobre o jovem Nuno Lobo que recaiu a escolha do nosso Cabo. Sem dúvida que pode ter apresentado alguns sinais de alguma inexperiência, mas deixou claramente indícios que o cabo terá que contar com ele para o futuro, tal a entrega com que se aplicou na pega. Passando ao relato desta, o Nuno foi citando o touro, procurando mantê-lo interessado enquanto foi encurtando terrenos. Não foi muito decidido no carregar, além de se ter calado durante a viagem do touro, razão provável para que o touro no momento da reunião, não tenha entrado franco, o que complicou a pega. Perante esta adversidade, o Nuno no entanto lutou, sem nunca esmorecer, procurando corrigir o lapso ocorrido, tendo faltado talvez que o experiente Rui Sequeira tivesse acreditado, e entrado mais cedo. Realce no entanto, para a tentativa de ajudar do forcado Manuel Silveira, que recuperando rapidamente, não foi no entanto bem sucedido. Na segunda tentativa, o Nuno corrigiu bem alguns dos pormenores falhados no intento anterior, e embora uma vez mais não tenha recebido bem o touro, o grupo reagiu com mais prontidão, com o Bernardo Patinhas e o Manuel Silveira, a demonstrarem bons pormenores. Pena que um lapso do rabejador Francisco Alves no final da pega, após a saída dos restantes elementos, tenha tirado algum brilhantismo à pega. O forcado deu volta, com aplausos fortes no final.O último touro da corrida, embora tenha sofrido a cravagem de um exagerado número de ferros cravados pelos 3 cavaleiros em praça, era sem dúvida o touro da pega. No entanto o forcado de Vila Franca Diogo Pereira não esteve bem com o touro, não se conseguindo fechar à primeira tentativa. Consumou à segunda com o grupo a ajudar de forma correcta.
O júri resolveu atribuir o prémio (várias garrafas de vinho da marca que patrocinou a corrida) para a melhor pega ao forcado Ricardo Casas Novas, Este teve um gesto que traduz a forma de estar do Grupo de Forcados de Évora na festa, pelo que entregou uma das garrafas ao forcado Pedro Castelos, que igualmente efectuou uma bela pega.
De uma forma geral o espectáculo foi agradável, tendo faltado talvez mais 2 touros…
Quanto ao fado, terão que pedir a outro pois só entrei para a praça no inicio das cortesias (após 40 minutos de fado).

Armando M. M. Raimundo*"
*- Antigo elemento do nosso Grupo, com fortes ligações familiares e afectivas ao Grupo de Vila Franca, e também um dos forcados que mais toiros pegou em Évora na história recente.

segunda-feira, julho 09, 2007

Carlos Cazalis

O fotógrafo Mexicano Carlos Cazalis que há algumas temporadas acompanha o nosso grupo e o quotidiano dos seus elementos, com o intuito de publicar um livro sobre o tema, colocou à nossa disposição mais um sítio na internet onde poderemos consultar as suas fotos.
Agradecemos pois ao Carlos por isso.

http://www.cazalis.org/forcados/2007/

Vidigueira 6/7/2007

"VIDIGUEIRA

CORRIDA DE HOMENAGEM Á MEMÓRIA DE ANTÓNIO MALTEZ - 6 DE JULHO DE 2007
Noite de Verão, com muito calor e praça com lotação completamente esgotada. Assim dá gosto. Uma moldura humana à altura da comemoração.

ACTUAÇÃO DOS FORCADOS

Grupo F. A. de Évora - Cabo JOAO PEDRO MURTEIRA ROSADO
1º Toiro - Pegado por FRANCISCO MALTEZ ABREU - 2ª Tentativa
4º Toiro - Pegado por RICARDO CASAS-NOVAS - 1ª Tentativa

Grupo F. A. de Coruche - Cabo AMORIM RIBEIRO LOPES
5º Toiro - Pegado por – Pedro Crispim - 1ª Tentativa

Grupo F. A. de Cuba – Cabo JOSÉ MANUEL HORTA
3º Toiro - Pegado por - José Horta - 3ª Tentativa
5º Toiro - Pegado por - Álvaro Machado - 1ª Tentativa

Os toiros eram da ganadaria de JORGE CARVALHO, com uma média de 460 kg, (desiguais), que cumpriram. Excepção ao 4º e 5º que denotaram bravura durante a lide e foram sempre crescendo.
O segundo toiro foi recolhido depois do Cavaleiro lhe cravar dois ferros. Um toiro bonito, que se debatia com problemas de cãibras, certamente devido ás muitas horas que estiveram enjaulados sob um calor tórrido.

ACTUAÇÃO DOS CAVALEIROS
Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e o amador Tiago Carreiras, estiveram à altura dos seus pergaminhos.
Com destaque para Luís Rouxinol no 2º que lhe coube em sorte.
Uma boa nota para o amador Tiago Carreiras que denotou saber de equitação, ter senso taurino e muita garra para um jovem da sua idade.

A abrir as pegas, o Forcado FRANCISCO MALTEZ ABREU, mostrou um querer muito grande de pegar. Mas deixou o toiro sair-lhe solto, sem se fixar foi atropelado sem conseguir fechar-se. A calma imperou, a coragem não lhe faltou e fez uma boa pega à segunda tentativa com o toiro a bater. Brindou a pega, em nome do Grupo, à Memória de seu tio ANTÓNIO MALTEZ.
A fechar a actuação do G.F.A. de Évora, RICARDO CASAS-NOVAS, esteve muito bem em praça, mandando no toiro, fechou-se com garra, executando uma grande pega, que brindou a José Maltez (Fundador do G.F.A de Évora).
PEDRO CRISPIM do G.F.A. de Coruche executou uma excelente pega ao 4º da noite, depois de ter citado bem e fechar-se com valentia. Esta pega valeu-lhe o direito ao troféu ANTÓNIO MALTEZ, que estava em disputa, com justiça e merecimento.
O Grupo de Cuba, que pegou o 3º toiro à 3ª tentativa, pelo seu Cabo JOSÉ HORTA, e o 6º toiro à 1ª por intermédio de ALVARO MACHADO, denotou muita vontade e valentia, mas pouca experiência.
A Vidigueira, foi palco desta festa de homenagem à memória de António Oleiro Maltez, (Fundador do Grupo de Forcados Amadores de Évora), promovida pela Câmara Municipal da Vidigueira, Futebol Clube Vasco da Gama e Associação dos Bombeiros Voluntários da Vidigueira.
O Povo correspondeu enchendo por completo a Praça de Touros. Estiveram muitos amigos do António Maltez, antigos Forcados dos Grupos que com ele actuaram, nomeadamente os de Montemor-o-Novo, de Lisboa e de Cascais e alguns fundadores e antigos Forcados do Grupo de Évora.
Também aqui cabe deixar um voto de louvor à organização da Corrida, na pessoa do Senhor António Afonso Madeira."

José Oleiro Maltez - Fundador do nosso grupo e irmão do homenageado

terça-feira, julho 03, 2007

Homenagem ao nosso Fundador sr. António Maltez

António Oleiro Maltez, nascido em Selmes, no concelho da Vidigueira pertenceu ao Grupo de Forcados Amadores de Évora desde a sua fundação em 11 de Agosto de 1963 e o Grupo contou sempre com a sua abnegada colaboração até à hora da sua morte, num jantar do Grupo, em Valdivia (Espanha) em 12 de Maio de 1974. Os aficionados em geral, e os alentejanos em particular, habituaram-se a ver nos Amadores de Évora aquele forcado destemido, valentíssimo, que com um sorriso enfrentava os toiros as vezes que fossem necessárias até que a pega fosse realizada. Forcado de caras de grande valor, também foi rabejador de eleição. Muito eficiente quando, nas pegas de cernelha, rabejava com determinação e arte. Também no México ficou conhecido, quando nesse país em 1970, actou numa selecção de forcados, comandada por Simão Malta. Esse foi o António Maltez, conhecido no ambiente taurino. Mas quem teve a oportunidade de o conhecer como estudante, quando frequentou a Escola de Regentes Agrícolas de Évora e o Instituto Superior de Agronomia, dele só pode ter recordações de grande amizade, porque António Maltez foi, seguramente, amigo daqueles com quem conviveu. António Maltez era um homem de fulgurante aptidão física, inteligente e em todas as actividades académicas imprimia um dinamismo contagiante. Excelente aluno, nunca deixou de prestar auxílio aos colegas que o procuravam para resolver assuntos de âmbito escolar e para com eles partilhar os seus conhecimentos. Terminou o curso de Regente Agrícola ainda muito novo, tendo sido de imediato convidado a trabalhar na própria Escola. Nessa altura Portugal enfrentava a guerrilha nos seus territórios de África em três frentes: Angola, Moçambique e Guiné. Tal como a maioria dos jovens da sua geração, António Maltez não deixou de cumprir o Serviço Militar ao serviço da Nação e foi mobilizado para Angola como alferes miliciano. Também aí os seus camaradas de armas sabiam que com ele podiam contar em quaisquer situações. Na próxima 6ª. feira, dia 6 de Julho, na Vidigueira, pelas 22 horas, vai realizar-se uma corrida de toiros à portuguesa em sua memória. Serão lidados 6 toiros da ganadaria de Jorge de Carvalho, para os cavaleiros Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e Tiago Carreiras e para os Grupos de Forcados Amadores de Évora, Coruche e Cuba, comandados por João Pedro Rosado, Amorim Ribeiro Lopes e José Horta. A homenagem agora prestada na Vidigueira é justíssima. O Alentejo não se esqueceu de António Oleiro Maltez.
Texto de Manuel Peralta Godinho e Cunha in "Partebilhas"











segunda-feira, julho 02, 2007

Évora - S. Pedro

Dando sequência aos comentários efectuados às últimas corridas pelos cabos do nosso Grupo, cabe agora a palavra ao nosso actual Cabo, o sr. João Pedro Rosado, que de entre os cabos do Grupo foi o único a viver a emoção do regresso à nossa praça fardado de forcado.

"Passados apenas cinco dias, regressamos à “nossa” praça. Desta vez com responsabilidade mais que redobrada, não só porque havíamos deixado boa nota na primeira actuação, mas sobretudo porque íamos compartir cartel com o Grupo de Montemor e pegar os toiros Graves com peso e idade.
Com a praça novamente esgotada, fizeram cortesias Rui Salvador, Luis Rouxinol, Vitor Ribeiro e a amadora Isabel Ramos. Os dois primeiros andaram correctos e profissionais como sempre mas os seus oponentes não permitiam muito mais, o Vitor armou um taco no seu primeiro (o melhor dos sete), com ferros importantes e andou regular no último, em quarto lugar toureou a Isabel Ramos que teve por diante um manso perdido de Guiomar Moura. Apesar de não ser o toiro desejado, mostrou desembaraço e noção dos terrenos deixando claro que tem raça para tourear qualquer toiro.
Pela nossa parte, saiu o Bernardo para o primeiro com a sua eficiência e técnica apurada abriu da melhor maneira a nossa actuação. Para o segundo foi o Tó, uma estreia em Évora mas nervos não são coisa que por ali abundem, fez tudo bem como se estivesse a treinar num qualquer tentadero,por fim o Francisco, outro veterano que sabe o que faz e que voltou a mostrar todo o seu poder diante dos toiros.Por gentileza do Grupo de Montemor, dividimos o novilho!!, sendo cernelheiro o João Tavares e o Rovisco a representar a malta. Foi pena o João se ter lesionado mas o Campilho cheio de raça veio para resolver com imensa determinação



Uma palavra para os ajudas que estiveram irrepreensíveis nesta noite.

Por Montemor pegaram, o Zé Maria à terceira um toiro reservado e com poder, o João Cabral bem à primeira e o Pedro Freixo à segunda.

Para a semana há mais,
Um Abraço
João Pedro Murteira Rosado"

domingo, julho 01, 2007

Fado do Grupo de Évora

No Jantar da tradicional Corrida de S. Pedro em Évora no passado dia 29, tivemos a honra de ter presente entre nós o reputado Fadista eborense António Pinto Basto, que apresentou um fado intitulado Fado do Grupo de Évora. Foi um momento especial que queremos partilhar com todos os amigos do nosso grupo. Desde já agradecemos ao sr. Pinto Basto toda a sua amabilidade, disponibilidade e simpatia.
Fado do Grupo de Évora
Letra: Manuel Silveira
Arranjos: A. Pinto Basto
Música: "Fado Velho" de J.A. Sabrosa