segunda-feira, maio 21, 2012

Campo Pequeno.

Na última quinta-feira o GFAE foi pegar ao Campo Pequeno. Queria começar a agradecer desde já o convite do António e do Grupo para escrever algumas linhas sobre como eu vi a “nossa” corrida.

As bancadas estavam bastante bem preenchidas e acho que se não fosse a actual crise que afecta o país, a praça tinha esgotado pois o cartel era bastante interessante. Sendo eu a pior pessoa para analisar os cavaleiros, pois pouco ou nada percebo, diria que a família Telles manteve-se no seu plano habitual, com ferros bem preparados e uma escolha rigorosa na colocação dos toiros para as sortes. Penso no entanto que isso não se sente nas bancadas e não chega a todo o público. O rejoneador espanhol Pablo H. Mendonza pelo contrário chega e bem á bancadas. Tem uns cavalos bons e outros excelentes e a prova disso foi as duas boas lides que teve em Lisboa. Ambas bastante ovacionadas nas voltas de agradecimento á praça e que para muitos outros toureiros seria o suficiente para terem dado duas voltas á arena em cada toiro… Pablo achou e bem não o fazer.

Falando da actuação do Grupo, o Cabo escolheu e bem o Ricardo Casas-Novas para abrir praça. O Ricardo é um forcado bastante experiente e depois de uma última época onde devido a uma grave lesão na 2ª corrida, esteve o resto da temporada sem se fardar, está este ano bastante confiante e isso sente-se no meio do grupo e chega ás bancadas. Citou de largo e deu vantagens ao toiro, antes da reunião o toiro faz-lhe um “estranho” o que fez com que a reunião não fosse perfeita, mas aí sim veio uma enorme vontade de lá ficar e bem ajudado pelo grupo pegou á 1ª.

No segundo o Cabo escolheu o JP Oliveira (Guga). Pegou á quarta tentativa, mas se nas primeiras duas tentativas nunca recebeu bem o toiro que se arrancava de largo e com bastante velocidade, na terceira teve uma reunião alta e dura mas entrou para dentro do Grupo. Os ajudas em minha opinião poderiam ter feito melhor! Uma palavra para o Guga que tentativa após tentativa nunca se foi a baixo e não desmoralizou. Esteve sempre calmo e consciente do que fazia, pena não ter tido melhor sorte.

No último toiro o Cabo quis ser ele a pegar. E em boa hora o fez. Começou encostado a tábuas como sempre faz, citou com calma e presença. Mostrou-se e carregou bem. Penso que talvez não tenha sido uma reunião perfeita, mas depois de estar fechado, começa a ser difícil os toiros, mesmo os mais violentos tirarem o António da cara. Na viagem longa, o António perde o braço esquerdo, mas rapidamente e tendo noção disso recupera e com a ajuda do Grupo fecha a nossa actuação com uma bela pega!

Gostei bastante das vantagens dos ajudas nas pegas. Quer seja no Campo Pequeno, em Évora ou noutra praça qualquer temos sempre que dar vantagens na 1ª tentativa. Como se costuma dizer, a primeira tentativa é do cara! Queria realçar o Zé Menéres nas ajudas que teve uma noite bastante positiva, quer nas duas primeiras que deu, quer a ajudar o “cunhado” no nosso segundo toiro.
O Grupo de Aposento da Moita pegou bem á 2ª, 1ª e 1ª tentativas.
O jantar foi bastante engraçado, mais ainda para os retirados que não tinham á porta o Concurso de Ganadarias em Évora…
Desejo a todos uma óptima época.

Pelo Grupo de Évora, Venha Vinho!

 
Diogo Sousa Cabral