terça-feira, agosto 05, 2008

25 / 26 de Julho – Corrida de Rejones – La Solana, (Ciudad Real)


Foi a nossa primeira digressão desde que exerço as funções de cabo logo sinto-me na obrigação e tenho muito prazer em fazer esta crónica.

Na verdade, na sexta feira, dia 25 do passado mês de Julho, dávamos inicio, bem cedo (por volta das 07h), a um fim de semana taurino”profissional”. Pegávamos nessa tarde em La Solana e no dia seguinte na Vila de Alcáçovas.

Partimos pelas 8h em direcção a Castilla-La Mancha, não para lutar ao lado de D. Quixote no combate com os moinhos de vento, como diria Cervantes, mas sim para pegar uma corrida de toiros, e claro, para conhecer umas quantas Dulcineias e poucos Sanchos Panzas (já levávamos alguns!)

Com os atrasos normais, chegámos a La Solana (50Km de Ciudad Real) por volta das 13h. O dia começou chuvoso o que pressagiaria uma tarde feia e cinzenta. O dia assim não foi, o sol rompeu e tivemos um bonito dia de Verão, uma tarde de toiros.

A corrida de Guillermo Acosta (procedência Benitez Cubero) saiu bem em termos gerais, novilhos magros e escorridos, com pouca cara e pouca força. O cartel compunha-se por João Moura Caetano (duas orelhas e troféu de melhor faena), Ivan Magro (ovação e ovação) e Franc Cordero (ovação e ovação).

O nosso compromisso seria pegar três novilhos, um de cada cavaleiro. Pegámos quatro, uma vez que João Moura Caetano, num gesto de amizade e cordialidade, que já é hábito seu para com o nosso grupo, nos cedeu o seu segundo novilho. Obrigado João pela amizade e desejamos-te tudo aquilo que queremos para nós, saúde e triunfos sem fim.

Para o primeiro novilho foi o Nuno Lobo, esteve correcto no cite e na reunião, ligeiramente dura e alta, mas perfeita, bem ajudado, foi uma pega muito eficaz e limpa.

Para o segundo, Manel Sousa Dias, forcado que se tem dedicado com afinco ao grupo e o sucesso tem-lhe sorrido. Frente a um novilho sem dificuldades, provou o sabor amargo das lesões, talvez por não ter recebido bem o novilho, brigou com ele e já no chão e fechado apenas com um braço, o mesmo cedeu e provocou-lhe uma luxação no ombro, correctamente emendado por António Alfacinha e mais uma vez bem ajudado pelos sete ajudas. Manel gostei de ver a tua “verguenza torera” e não desanimes, recupera bem, levando o tempo que for necessário e não te preocupes que o sol volta a nascer.

Para o terceiro novilho, escolheu-se o Frederico Macau Pereira, forcado com pouca rodagem nestes últimos tempos mas que mostrou que tem a confiança apuradíssima e uma moral que se sente no seio do grupo, continua assim, esteve bem e foi bem ajudado novamente, Resultou na pega mais vistosa, tendo-lhe sido atribuída uma orelha.

A fechar a corrida, no novilho mais parado mas também sem dificuldades pensei que seria o indicado para o Francisco Alves poder voltar para a frente dos toiros, a pega não resultou, o Francisco acusou a falta de “sitio” e a situação complicou-se pelo facto do novilho estar muito parado e com a primeira tentativa do Francisco passou a defender-se muito e não metia a cara. O Francisco fez duas tentativas sem sucesso e foi emendado pelo Manel Rovisco que o fez de forma irrepreensível, não pegava desde a sua grave lesão de Agosto de 2007. Em nada o afectou e continua como era, ainda bem.

Ao Francisco digo-lhe para não se vir a baixo, para reunir forças e caminhar, mais tardes virão e seguramente muito melhores. Força.

O grupo foi muito aplaudido, convidado a sair pela porta grande e deixou um bom ambiente para se poder voltar a esta simpática localidade.

Jantámos e “feirámos” o que podemos pois no dia seguinte tínhamos outro compromisso.

Un saludo,

BSP