terça-feira, outubro 14, 2014

Crónica Corrida Alcácer
 
O GFAE soma mais um triunfo
5 de Outubro de 2014  pelas 17h
Cavaleiros: João Moura, Vitor Ribeiro e António Maria Brito Paes.
Grupos de Forcados: Santarém e Évora
Ganadaria: 2 Rio Frio, 2 José Lupi e 2 Vinhas
Meus amigos:
Numa tarde em que a praça de Alcácer do Sal registou cerca de um terço de casa, tive a oportunidade de testemunhar mais um êxito do nosso Grupo. Com efeito, estava em disputa 2 prémios: Para o melhor cavaleiro; Para o melhor Grupo de Forcados.
Começando pelos touros, de uma forma geral cumpriram, tanto para os cavaleiros como para os forcados, sendo talvez o 2º touro um pouco mais manso e a ficar-se nas tábuas, enquanto que o  4º touro terá sido aquele que saiu mais reservado. Foram no entanto, muito desiguais no que diz respeito ao peso (pesos a variar entre os 570 e os 430 kg).
Quanto aos cavaleiros, conseguiram desenvolver lides de forma a que a primeira parte da corrida, tenha decorrido com bom ritmo. O Cavaleiro João Moura no primeiro touro foi lidando em crescendo, tendo no seu segundo touro (o sobrero que foi lidado em 6º lugar) cumprido perante uma diminuição do oponente ao longo da lide. Ao Vitor Ribeiro coube em primeiro lugar um exemplar que se foi refugiando nas tábuas, impedindo o cavaleiro de obter uma boa atuação. Melhor no seu segundo touro, tendo conseguido empolgar o público. O cavaleiro António Maria Brito Paes conseguiu duas atuações muito regulares, a demonstrar bons pormenores, em particular no seu segundo touro.
O prémio para o melhor cavaleiro foi entregue ao cavaleiro Vitor Ribeiro.
Quanto às pegas, pelo Grupo de Forcados Amadores de Santarém, foram à cara os forcados João Grave (1ª tentativa), António Góis (1ª tentativa) e Hugo Santana (3ª tentativa).
Pelo Grupo de Forcados Amadores de Évora, o Cabo António Alfacinha nomeou para o primeiro touro o jovem Gonçalo Rovisco. Esteve calmo a citar, num touro que lhe saiu pronto, tendo conseguido uma excelente reunião perante o maior touro da corrida. Fechado na cara do touro fez a viagem até ao grupo que apesar de aquele ter perdido as mãos, foram eficazes na ajuda. Uma palavra para o primeiro ajuda Luís Vilhena, que acabou por sofrer uma lesão aparatosa, felizmente sem consequências muito graves. É assim Luís. Naquele dia foste tu a dar o corpo por um amigo, noutro dia será outro a dar por ti. É com essa entrega, dedicação e amizade que os verdadeiros grupos de FORCADOS se mantêm ao mais alto nível.
No segundo touro, o forcado Ricardo Sousa (mais conhecido pelo Matxira) teve pela frente o exemplar mais reservado. Com efeito, na primeira tentativa o touro nem humilhou, investindo alto e com violência no forcado. Apesar deste contratempo, o Matxira recuperou e conseguiu mandar e reunir com decisão, sendo bem ajudado pelo resto do grupo.
A última pega, terá sido para mim, a pega mais perfeita. Com efeito o Francisco Oliveira esteve muito bem em praça. Muito calmo a citar desde as tábuas, foi encurtando os terrenos e do meio da praça carregou dando todas as vantagens ao touro. Aguentou na perfeição, recuou e reuniu, fazendo a viagem bem agarrado num touro que foge ligeiramente ao grupo, mas com este a recuperar rapidamente e a concretizar mais uma bela pega.
Termino esta crónica que o António me pediu para escrever, da mesma forma como comecei. Mais um triunfo do GFAE, com a obtenção do prémio para o melhor Grupo de Forcados em praça, o que à partida permite que no próximo ano, estejamos de novo em Alcácer do Sal, para ver o nosso Grupo a defender este troféu.
Agora, há que preparar as próximas corridas. Um final de época repleto de corridas com responsabilidade.
Um forte abraço deste vosso amigo (e padrinho J)
Armando M. M. Raimundo