Crónica Corrida Alcácer
O GFAE soma mais um triunfo
5 de Outubro de 2014 pelas 17h
Cavaleiros: João Moura, Vitor
Ribeiro e António Maria Brito Paes.
Grupos de Forcados: Santarém e
Évora
Ganadaria: 2 Rio Frio, 2 José Lupi e 2 Vinhas
Meus amigos:
Numa tarde em que a praça de
Alcácer do Sal registou cerca de um terço de casa, tive a oportunidade de
testemunhar mais um êxito do nosso Grupo. Com efeito, estava em disputa 2
prémios: Para o melhor cavaleiro; Para o melhor Grupo de Forcados.
Começando pelos touros, de uma
forma geral cumpriram, tanto para os cavaleiros como para os forcados, sendo
talvez o 2º touro um pouco mais manso e a ficar-se nas tábuas, enquanto que o 4º touro terá sido aquele que saiu mais
reservado. Foram no entanto, muito desiguais no que diz respeito ao peso (pesos
a variar entre os 570 e os 430 kg).
Quanto aos cavaleiros,
conseguiram desenvolver lides de forma a que a primeira parte da corrida, tenha
decorrido com bom ritmo. O Cavaleiro João Moura no primeiro touro foi lidando
em crescendo, tendo no seu segundo touro (o sobrero que foi lidado em 6º lugar)
cumprido perante uma diminuição do oponente ao longo da lide. Ao Vitor Ribeiro
coube em primeiro lugar um exemplar que se foi refugiando nas tábuas, impedindo
o cavaleiro de obter uma boa atuação. Melhor no seu segundo touro, tendo
conseguido empolgar o público. O cavaleiro António Maria Brito Paes conseguiu
duas atuações muito regulares, a demonstrar bons pormenores, em particular no
seu segundo touro.
O prémio para o melhor cavaleiro
foi entregue ao cavaleiro Vitor Ribeiro.
Quanto às pegas, pelo Grupo de
Forcados Amadores de Santarém, foram à cara os forcados João Grave (1ª
tentativa), António Góis (1ª tentativa) e Hugo Santana (3ª tentativa).
Pelo Grupo de Forcados Amadores
de Évora, o Cabo António Alfacinha nomeou para o primeiro touro o jovem Gonçalo
Rovisco. Esteve calmo a citar, num touro que lhe saiu pronto, tendo conseguido
uma excelente reunião perante o maior touro da corrida. Fechado na cara do
touro fez a viagem até ao grupo que apesar de aquele ter perdido as mãos, foram
eficazes na ajuda. Uma palavra para o primeiro ajuda Luís Vilhena, que acabou
por sofrer uma lesão aparatosa, felizmente sem consequências muito graves. É
assim Luís. Naquele dia foste tu a dar o corpo por um amigo, noutro dia será
outro a dar por ti. É com essa entrega, dedicação e amizade que os verdadeiros
grupos de FORCADOS se mantêm ao mais alto nível.
No segundo touro, o forcado
Ricardo Sousa (mais conhecido pelo Matxira) teve pela frente o exemplar mais
reservado. Com efeito, na primeira tentativa o touro nem humilhou, investindo
alto e com violência no forcado. Apesar deste contratempo, o Matxira recuperou
e conseguiu mandar e reunir com decisão, sendo bem ajudado pelo resto do grupo.
A última pega, terá sido para
mim, a pega mais perfeita. Com efeito o Francisco Oliveira esteve muito bem em
praça. Muito calmo a citar desde as tábuas, foi encurtando os terrenos e do
meio da praça carregou dando todas as vantagens ao touro. Aguentou na
perfeição, recuou e reuniu, fazendo a viagem bem agarrado num touro que foge
ligeiramente ao grupo, mas com este a recuperar rapidamente e a concretizar
mais uma bela pega.
Termino esta crónica que o
António me pediu para escrever, da mesma forma como comecei. Mais um triunfo do
GFAE, com a obtenção do prémio para o melhor Grupo de Forcados em praça, o que
à partida permite que no próximo ano, estejamos de novo em Alcácer do Sal, para
ver o nosso Grupo a defender este troféu.
Agora, há
que preparar as próximas corridas. Um final de época repleto de corridas com
responsabilidade.
Um forte
abraço deste vosso amigo (e padrinho J)
Armando
M. M. Raimundo