sexta-feira, julho 10, 2009

Campo Pequeno, 9 de Julho de 2009

Campo Pequeno, 9 de Julho de 2009

Regressámos ao Campo Pequeno após a pequena desilusão do ano passado, voltámos numa das corridas mais fortes e com o impacto que todos desejam.
A expectativa era muita, o ambiente enorme e a nossa ilusão tremenda.
Corrida séria e encastada de Pégoras, com touros manseando no geral e um perigoso e com um grande defeito na vista.
Compartimos cartel com os Amadores de Alcochete que estiveram exemplares em todas as suas intervenções. Destaco também as exibições emocionantes de João Salgueiro e Leonardo Hernández.
Abrimos praça com a pega da noite, após um brinde ao homenageado Rui Salvador, pelos 25 anos de alternativa, Manuel Rovisco Pais muito sereno no brinde arranca uma boa pega à primeira aguentando dois derrotes para o tirar. Superiormente ajudado pelo Grupo (coisa que já não via há um tempo! Espero que continue…) Bem o Luis Moedas na primeira, bem os segundas António P. Soares e Kiko Abreu a compor e os terceiras a fechar. Bom começo.
O segundo, brindado ao público da capital e de todo o mundo (através das câmaras da TVI) foi pegado, e bem, pelo Francisco Garcia, tranquilo, mandando reuniu perfeitamente ao primeiro intento numa pega com uma viagem com muita velocidade, bem rematada junto às tábuas pelos terceiras ajudas.
O nosso último foi uma cortesia do nosso grupo ao Cabo dos Forcados Mexicanos Miguel Louceiro Alvarez, pena que o toiro fosse agressivo e complicado por ter um defeito de visão, Miguel esteve sempre garboso e toureiro no cite, apenas um reparo, no recuar, ou tourear, como se diz em México, devia ter falado mais ao touro para que este se inteirasse da voz, calou-se e foi desfeiteado três vezes, com violência, tendo recolhido à enfermaria. Afortunadamente não passam de mazelas musculares e o Miguel não desanimou. Fico com pena que não tenha concretizado na totalidade o seu sonho de forcado!
O touro foi pegado com muita classe e eficiência ao quarto intento, primeira entrada, de cernelha pelos enormes Gonçalo Mira e Francisco Garcia. Uma palavra para o Gravata pela sua disponibilidade, tranquilidade e confiança, está cada vez melhor, como um bom Porto Vintage! Pega muita vistosa e aplaudida.

Saímos de Lisboa com um bom sabor de boca, faltou a cereja no bolo, aquela estocada cañonazo que só por si corta orelha, mas é uma exibição asseada e com mérito.
A primeira de três está feita, estamos a poucas horas da segunda.

Sorte a todos e FORÇA.

Um abraço