quarta-feira, setembro 09, 2009

Crónicas do fim-de-semana Cuba e Montemor.

Cuba, 5 de Setembro de 2009 (António José Teixeira)

No quente dia 5 de Setembro rumámos a Cuba para a inauguração da praça de toiros local, iniciativa do aficionado Presidente de Câmara Francisco Orelha. Fomos primordialmente recebidos pela Catarina e pelo Francisco onde tínhamos um banquete à nossa espera, pena que tivéssemos corrida pela tarde, pois a mesa convidava a ficar.
Para pegarmos esperava-nos uma corrida pesada, séria e rematada de António José Teixeira, corrida muito bonita e que deu um excelente jogo. O cartel compunha-se pelos cavaleiros Luis Rouxinol, Marco José e Vitor Ribeiro, pegávamos com o grupo local, com uma grande claque a acompanhá-los, devo frisar.
Abriu a nossa corrida o Francisco Garcia, “filho adoptivo” de Cuba por casamento, um toiro muito sério que se desembolou no momento de colocação causando o alvoroço na praça e também em alguns elementos do grupo, o Chico mostrou serenidade, tranquilidade e convicção que me convenceram sempre que pegaria o toiro ao primeiro intento, assim o fez e muito bem, pega com muito valor pelas condicionantes e com ajudas preciosas do Miguel Saturnino Lopes e todos os ajudas.
Ao nosso segundo e com a alma que o caracteriza foi o Manuel Rovisco Pais, pega à primeira, segura e bem ajudada mais uma vez, toiro a menos para o Manel.
Fechámos com chave de ouro também à primeira, também com toiro a menos e bem ajudada, desta vez coube ao António Moura Dias encerrar praça, que ao jeito de Manuel Benitez, El Cordobés, introduziu “el salto de la rana” no GFAE!
Boa corrida, ambiente de festa na muito taurina vila de Cuba, uma nota negativa e apenas esta, o piso estava impraticável, trata-se de um ruedo de praça de toiros e não de um picadeiro ou, em última instância de uma praia! Condicionou e muito o comportamento de todos os intervenientes.
Regressámos ao monte de onde apenas saímos na tarde do dia seguinte…

Montemor, 7 de Setembro de 2009 (Gregório de Oliveira)

Passados poucos anos da última vez que pegámos esta novilhada da Espora e Forcado de Prata, voltámos a Montemor com ganas e esperança de revalidar o prémio ganho na última participação, mas só havia Espora de Prata…ganha e bem por Mateus Prieto que mostrou muita vontade e maneiras em ser toureiro.
Esta tarde estava destinada aos mais novos, anunciados como juvenis mas para mim, forcados do Grupo de Forcados Amadores de Évora, todos eles já se haviam fardado, treinado e sentido o que é ser-se forcado no nosso grupo. Foi este grupo chefiado pelo João Pedro Oliveira “Guga” que fez uma brilhante passagem por Montemor, com duas pegas ao primeiro intento superiormente ajudadas e com uma postura exemplar.
Pegaram de caras Duarte Almeida, muito nervoso o que se justifica dada a sua tenra idade e “verdura”, mas com muita vontade, ficou à primeira muito bem ajudado, com muita técnica pelo João Leitão e pelos demais lá atrás. O Duarte tem de ter mais calma e ouvir porque o resto já vimos que sabe fazer. Pegou também o cabo em funções, fechando a novilhada, com a pega mais vistosa e digna do tal Forcado de Prata, fica para a próxima, quando houver…
Muito bem o Guga, calmo, toureiro e depois fechado perfeitamente na cara do novilho, embora tenha tido uma reunião a meia altura. Mais uma vez os ajudas a fazerem bem o que lhes compete.
Uma palavra de agradecimento ao Francisco Alves, Faruk, pelo recepção em sua casa e uma palavra também para os antigos elementos que encheram a mesa da ceia, acompanhando as gerações vindouras num convívio muito animado.

Fim-de-semana GFAE perfeito!, tenho dito.

Um abraço,

BSP