segunda-feira, setembro 21, 2009

Crónica de Elvas

Elvas, 19 de Setembro de 2009 (Ascensão Vaz)

Pelo segundo ano consecutivo integrámos o cartel da Tradicional Feira de São Mateus em Elvas. Cidade muito ligada ao nosso grupo por ter sido desde a nossa fundação uma das que mais elementos nos tem dado e neste momento já existem inclusivamente dinastias, motivo mais que suficiente para pegarmos com muito prazer esta corrida.
Também como já é tradição fardámo-nos em casa da família do José Miguel Guerra que mais uma vez nos receberam com muito carinho e amizade, a esta família o nosso obrigado.
A praça encheu para ver uma bonita e bem apresentada corrida de Ascensão Vaz, escassa de força e de casta mas muito cumpridora, particularmente para os forcados, pois todos os touros foram pegados ao primeiro intento, com uma boa prestação do grupo da terra. Realço a última pega dos Académicos de Elvas, a pega da tarde, consumada por Joaquim Guerra, irmão do José Miguel, que brindou ao Grupo de Évora e pediu que o seu irmão José Miguel lhe desse a primeira ajuda, assim foi, foi o momento mais alto da corrida, realçando de facto os laços de amizade, família e nobreza dos Homens que vestem a jaqueta das ramagens.
Falando da nossa prestação, iniciámos a corrida com uma correcta pega, como já mencionei, ao primeiro intento, por intermédio de Ricardo Casas-Novas. Forcado sereno, citou, parou e templou, bem ajudado por todo o grupo.
Ao segundo touro e depois de um momento “à luz das velas” foi o Manuel Rovisco Pais que mais uma vez demonstrou a extraordinária época que vem fazendo, um touro muito aplumado e parado, de investida tarda, o Manel obrigou-o muito e quando este se para na sua cara o forcado não descompôs a figura e voltou a obrigar para se fechar à primeira, mais uma vez bem ajudado por todo o grupo. É uma pega muito técnica e cheia de valor, estar no lugar onde esteve o forcado de cara não é fácil…
Para encerrar a corrida um forcado da terra, Francisco Abreu, forcado menos rodado nas caras mas com uma disposição e entrega enormes, merecedor desta pega na sua terra, brindou a seu pai, fundador do Grupo de Évora, e fechou-se bem, mais de braços que de pernas para não mais sair, mais uma vez bem o grupo a ajudar.
Assim foi uma tarde de touros no Coliseu Elvense, tarde fria de Outono que deu o “pistolazo” na feira de São Mateus, oxalá para o ano haja mais.
Está quase no fim…

Um abraço,

Bernardo Salgueiro Patinhas