Dita o calendário taurino nacional que se realize no feriado da implantação da República a tradicional corrida de toiros, por ocasião da feira Nova, na bonita Alcácer do Sal.
Á semelhança dos anos anteriores o grupo de Forcados Amadores de Évora estava anunciado para esta corrida, já com fortes tradições. Compartimos cartel com o Grupo de Forcados Amadores de Montemor e com os lidadores António Teles, Luís Rouxinol e Vitor Ribeiro, frente a um “encierro” de Manuel Coimbra.
Numa agradável tarde de Outono, em jeitos de despedida do Verão, fardámo-nos na cada da família Carvalho, a quem agradeço uma vez mais a hospitalidade, simpatia e amizade que tem quando nos recebem. Têm no grupo de Évora as portas sempre abertas.
A praça de Alcácer estava preenchida quase na sua totalidade para ver sair um curro de toiros de Coimbra, de excelente apresentação, peso e trapio ideais, revelando-se na sua maioria justos de forças mas voluntariosos e colaboradores.
Os cavaleiros, votados online, estiveram em bom plano, evidenciando-se Luís Rouxinol que, à semelhança de toda a época esteve muito bem, tendo ganho justamente o troféu em disputa. Realço também o “Mustang”, cavalo toureiro, generoso, nota-se que desfruta daquilo que faz, tourear.
O Grupo de Montemor esteve correcto, tendo pegado o Manuel Dentinho e o João Caldeira à primeira, e o Frederico Manzarras à segunda. Tendo sido também a última corrida da temporada deste grupo nosso amigo, desejo-lhes pessoalmente e em nome do Grupo de Forcados Amadores de Évora um período de descanso óptimo tal como às suas famílias.
Da nossa parte e evidenciando uma vez mais que o espírito do forcado ultrapassa fronteiras e dando seguimento a uma cultura muito própria do Grupo de Forcados Amadores de Évora, tivemos o prazer de ter em nossa companhia o cabo do Grupo de Forcados de Queretáro, México, Antonio Vera Garcia. Foi com muito prazer que o recebemos e aceitámos no nosso grupo.
Antonio, Toño, veio de México para “beber” da nossa cultura taurina e aprender com o GFA Évora para poder incutir os nossos valores ao seu grupo, situação que muito nos honra e nos faz ver que não andamos nesta vida em vão.
Para o nosso primeiro toiro foi então Toño, correcto no cite, o toiro sai-lhe de largo embora com pouca velocidade, Toño não o aguenta o suficiente e o toiro começa a encerrilhar na viagem, o forcado apercebe-se dessa situação e corrige, abrandou e reúne perfeitamente, tendo sido uma pega bem rematada pelos ajudas e rabejador.
Bom debute em Portugal para este forcado mexicano.
No segundo saiu Frederico Macau Pereira, tranquilo no cite, mais uma vez o toiro sai-lhe com prontidão, mas também mais uma vez sem muita velocidade o que levou o forcado a carregá-lo uma segunda vez quando este vinha já na viagem, tendo-lhe marcado duas reuniões descompôs o toiro e teve uma reunião algo atabalhoada. No entanto realço a sua moral por não ter deixado de acreditar e conseguiu ficar no toiro, boa ajuda do Duarte Tirapicos, tendo entrado com ganas para ajudar e evitar a segunda tentativa, mais uma vez as ajudas funcionaram nesta pega.
Frederico, quando se quer alegrar toiros deste tipo e uma vez que o toiro já vem no seu caminho devemos faze-lo coma voz e nunca marcar duas vezes, descompensa os toiros e compromete a reunião. Mas a vontade de ficar conta e muito e tiveste-a.
Para fechar a nossa temporada e com um toiro mais sério saltou a trincheira o João Pedro Oliveira, “Guga”, brindou ao nosso cabo e com o qual ele debutou, João Pedro Rosado e perfilou-se para pegar, bonito, tranquilo, carregou no momento certo e o toiro tal como se previa saiu com muita velocidade ao contrário dos seus irmão de camada. O Guga não recuou o suficiente e não conseguiu fechar-se na primeira tentativa.
Na segunda já entendeu o que se deveria fazer, recuou-lhe o necessário e fechou-se com determinação, superiormente ajudado pelo José Maria Meneres, fechou-se com chave de ouro uma temporada especial e diferente pelos motivos que todos conhecemos.
Desta temporada, a minha primeira nas funções que actualmente exerço destaco mais aspectos positivos do que negativos, no entanto os negativos pesam muito e como vos disse no jantar de Alcácer, se pudesse ter trocado alguns dos nosso triunfos pelas lesões que nos assolaram tê-lo-ia feito sem pensar. Estou, mesmo assim, totalmente convencido que as lesões nos magoaram apenas fisicamente porque psicologicamente não passaram e não passam de beliscões e servirão para reforçar mais ainda o nosso espírito e confiança uns nos outros.
Neste período de descanso, não descurem a forma física e comecemos de imediato a pensar no que podemos e temos capacidades de fazer para a próxima temporada. Pensem no que vivemos, no que fizemos de bem e de mal, no que poderíamos ter feito para corrigir e naquilo que gostaríamos de ter feito. Para o ano assim será.
Recuperem-se bem os lesionados, sem pressas, com paciência para que não haja resquícios que vos possam prejudicar.
A todos os amigos, famílias e namoradas do Grupo de Évora, o meu agradecimento pela vossa ajuda, compreensão, tolerância e amizade durante a nossa temporada, suportam as nossas ausências, partilham das nossas dores, sofrem tanto ou mais que nós, sem a vossa companhia, seguramente nada seriamos.
Bom descanso para todos e estaremos em contacto permanente!
Um forte abraço,
Bernardo Salgueiro Patinhas,
Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Évora
http://www.tauromania.pt/noticias_detail.php?typ=reportagens&aID=3066
http://www.toureio.com/
Á semelhança dos anos anteriores o grupo de Forcados Amadores de Évora estava anunciado para esta corrida, já com fortes tradições. Compartimos cartel com o Grupo de Forcados Amadores de Montemor e com os lidadores António Teles, Luís Rouxinol e Vitor Ribeiro, frente a um “encierro” de Manuel Coimbra.
Numa agradável tarde de Outono, em jeitos de despedida do Verão, fardámo-nos na cada da família Carvalho, a quem agradeço uma vez mais a hospitalidade, simpatia e amizade que tem quando nos recebem. Têm no grupo de Évora as portas sempre abertas.
A praça de Alcácer estava preenchida quase na sua totalidade para ver sair um curro de toiros de Coimbra, de excelente apresentação, peso e trapio ideais, revelando-se na sua maioria justos de forças mas voluntariosos e colaboradores.
Os cavaleiros, votados online, estiveram em bom plano, evidenciando-se Luís Rouxinol que, à semelhança de toda a época esteve muito bem, tendo ganho justamente o troféu em disputa. Realço também o “Mustang”, cavalo toureiro, generoso, nota-se que desfruta daquilo que faz, tourear.
O Grupo de Montemor esteve correcto, tendo pegado o Manuel Dentinho e o João Caldeira à primeira, e o Frederico Manzarras à segunda. Tendo sido também a última corrida da temporada deste grupo nosso amigo, desejo-lhes pessoalmente e em nome do Grupo de Forcados Amadores de Évora um período de descanso óptimo tal como às suas famílias.
Da nossa parte e evidenciando uma vez mais que o espírito do forcado ultrapassa fronteiras e dando seguimento a uma cultura muito própria do Grupo de Forcados Amadores de Évora, tivemos o prazer de ter em nossa companhia o cabo do Grupo de Forcados de Queretáro, México, Antonio Vera Garcia. Foi com muito prazer que o recebemos e aceitámos no nosso grupo.
Antonio, Toño, veio de México para “beber” da nossa cultura taurina e aprender com o GFA Évora para poder incutir os nossos valores ao seu grupo, situação que muito nos honra e nos faz ver que não andamos nesta vida em vão.
Para o nosso primeiro toiro foi então Toño, correcto no cite, o toiro sai-lhe de largo embora com pouca velocidade, Toño não o aguenta o suficiente e o toiro começa a encerrilhar na viagem, o forcado apercebe-se dessa situação e corrige, abrandou e reúne perfeitamente, tendo sido uma pega bem rematada pelos ajudas e rabejador.
Bom debute em Portugal para este forcado mexicano.
No segundo saiu Frederico Macau Pereira, tranquilo no cite, mais uma vez o toiro sai-lhe com prontidão, mas também mais uma vez sem muita velocidade o que levou o forcado a carregá-lo uma segunda vez quando este vinha já na viagem, tendo-lhe marcado duas reuniões descompôs o toiro e teve uma reunião algo atabalhoada. No entanto realço a sua moral por não ter deixado de acreditar e conseguiu ficar no toiro, boa ajuda do Duarte Tirapicos, tendo entrado com ganas para ajudar e evitar a segunda tentativa, mais uma vez as ajudas funcionaram nesta pega.
Frederico, quando se quer alegrar toiros deste tipo e uma vez que o toiro já vem no seu caminho devemos faze-lo coma voz e nunca marcar duas vezes, descompensa os toiros e compromete a reunião. Mas a vontade de ficar conta e muito e tiveste-a.
Para fechar a nossa temporada e com um toiro mais sério saltou a trincheira o João Pedro Oliveira, “Guga”, brindou ao nosso cabo e com o qual ele debutou, João Pedro Rosado e perfilou-se para pegar, bonito, tranquilo, carregou no momento certo e o toiro tal como se previa saiu com muita velocidade ao contrário dos seus irmão de camada. O Guga não recuou o suficiente e não conseguiu fechar-se na primeira tentativa.
Na segunda já entendeu o que se deveria fazer, recuou-lhe o necessário e fechou-se com determinação, superiormente ajudado pelo José Maria Meneres, fechou-se com chave de ouro uma temporada especial e diferente pelos motivos que todos conhecemos.
Desta temporada, a minha primeira nas funções que actualmente exerço destaco mais aspectos positivos do que negativos, no entanto os negativos pesam muito e como vos disse no jantar de Alcácer, se pudesse ter trocado alguns dos nosso triunfos pelas lesões que nos assolaram tê-lo-ia feito sem pensar. Estou, mesmo assim, totalmente convencido que as lesões nos magoaram apenas fisicamente porque psicologicamente não passaram e não passam de beliscões e servirão para reforçar mais ainda o nosso espírito e confiança uns nos outros.
Neste período de descanso, não descurem a forma física e comecemos de imediato a pensar no que podemos e temos capacidades de fazer para a próxima temporada. Pensem no que vivemos, no que fizemos de bem e de mal, no que poderíamos ter feito para corrigir e naquilo que gostaríamos de ter feito. Para o ano assim será.
Recuperem-se bem os lesionados, sem pressas, com paciência para que não haja resquícios que vos possam prejudicar.
A todos os amigos, famílias e namoradas do Grupo de Évora, o meu agradecimento pela vossa ajuda, compreensão, tolerância e amizade durante a nossa temporada, suportam as nossas ausências, partilham das nossas dores, sofrem tanto ou mais que nós, sem a vossa companhia, seguramente nada seriamos.
Bom descanso para todos e estaremos em contacto permanente!
Um forte abraço,
Bernardo Salgueiro Patinhas,
Cabo do Grupo de Forcados Amadores de Évora
http://www.tauromania.pt/noticias_detail.php?typ=reportagens&aID=3066
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