terça-feira, agosto 27, 2013


Crónica Corrida em Reguengos de Monsaraz

              Fui incumbindo de fazer esta cronica o que não me deixa indiferente em saudades, alegria e satisfação, pois é uma terra na qual estou muito apegado e onde tenho algumas das minhas raízes. Tive o prazer de ter o nosso grupo mais uma vez na minha casa a fardar-se,  fez-me reviver momentos que já lá vão.

                Começo por dizer que foi uma prova dura que o grupo enfrentou pois pegou no dia 13 de Agosto em Alcochete, dia 14 na Amareleja e 15 em Reguengos. Pegaram-se 9 toiros 6 á primeira tentativa e 3 à terceira, o que não deixa de ser uma nota bem positiva.

Começo por enaltecer o óptimo trabalho que o António Alfacinha tem vindo a fazer nestes dois anos, os frutos são a quantidade de elementos jovens que andam à espera de apanhar a sua oportunidade com que o grupo se encontra neste momento.

                Quanto à corrida o público não aderiu como costume para esta data, motivos que me levam a crer que a temperatura que estava neste dia (42 °C) e o exagerado preço dos bilhetes teve a sua influência.

Nota breve para os cavaleiros pois não me acho a pessoa mais indicada para comentar estes artistas.

Joaquim Bastinhas duas lides desfiguradas e pouco iluminadas, com momentos não adequados para um cavaleiro com esta experiência. Estou-me a lembrar de um para de bandarilhas daquelas em que o cavaleiro já quase no pátio de quadrilhas e volta para trás a pedir mais um ferro, acabou por desfazer o pouco que tinha feito, conseguiu tentar ferrar o par de bandarilhas na crença do toiro entre o toiro e as tábuas, lógico que foi logo tudo pelo ares, sorte que DEUS NOSSO SENHOR estava em Reguengos de Monsaraz.

Miguel Moura sinceramente não me lembro deste artista o que não deixa de ser uma nota negativa.

João Moura Caetano, não sendo o tipo de toureio que mais gosto devido à sua exuberância e pouca modéstia, foi o cavaleiro que melhor deu a volta aos Ortigões, principalmente na primeira lide em que cravou dois ou três ferros de largo com quites bonitos e bem rematados.

                No que toca aos toiros da ganadaria Ortigão Costa, não transpareceram o que os Ortigões nos habituaram a ver, nem se comparavam aos irmãos que saíram aqui no ano passado na mesma data, esses sim faziam secar a boca a qualquer um. Estes estavam gordinhos, rematados, mas pouco sérios.

                Vou ser breve no que diz respeito ao Grupo de Montemor, foi para a cara do primeiro toiro o Caldeirinha que pegou ao segundo intento, no segundo deste grupo foi o Braga que pegou também à segunda. Para o terceiro ficou decidido pelo cabo António Vacas de carvalho (e que decisão acertada) o forcado Peco pois fez uma grande pega mostrando do princípio ao fim como se deve fazer. Saltar…..Brindar….Citar….Carregar…..Tourear…Receber….Fechar e Agradecer tudo bem feito, um grande olé para ti Peco. Não quero perder esta oportunidade para mandar mais um abraço ao Grupo de Montemor pelo momento em que está a passar e desejar o resto de uma boa época. Pois é um Grupo que me toca de uma maneira diferente.          

Quanto às pegas do nosso grupo abriu o nosso Cabo António alfacinha, que como eu costumo dizer em o brinde sendo sentido e sincero nada pode correr mal, pelo menos comigo resultava sempre e com o António também resultou, mostra o tamanho da amizade que unia estes dois grandes HOMENS, fazendo uma boa pega em que o toiro não complicou, quanto a mim pouco toiro para um forcado desta dimensão, gostei de ver o grupo a ajudar.

Para o nosso segundo foi o veterano Arabezinho quanto a mim a pega da tarde usando as palavras que utilizei na pega do Peco este fez igual mostrando que está novamente numa grande forma, forcados como tu fazem falta ao Grupo de Évora para servirem de exemplo. Aqui o grupo não ajudou tão bem quanto a mim se calhar porque toiro fugiu ao grupo, mas temos de recuperar rápido às vezes uma mãozinha que seja é crucial para fechar uma pega.

Para fechar tive o prazer de ser brindado pelo pequeno em tamanho mas grande como forcado: o Matxira. Tive a oportunidade de lhe dizer nesse dia, que foi a vez em que gostei mais de o ver, pois fez tudo com calma e cabeça como pedem a primeira e segunda tentativas. Depois podemos falar com o coração, mas estas duas primeiras tentativas devem ser feitas com mais calma e por isso quando assim é resulta, como resultou uma pega vistosa e tecnicamente perfeita. Um grande Olé para ti Matxira pela época que tens feito.

Depois desta árdua tarefa em que o grupo predispôs, resultou um jantar animado e com o espirito do Grupo de Évora em que até houve lições militaristas de manhã.

Um grande abraço ao Grupo pela temporada que vem vindo a fazer, para vocês todos

Venha vinho

Venha vinho

VENHA VINHO

ABRAÇO

MIGUEL SOTERO

quarta-feira, agosto 21, 2013

Crónica Corrida na Amareleja

 
Em primeiro lugar começo por agradecer ao António pelo convite de escrever uma cronica mais uma vez. Apanhou me mesmo de surpresa, mas depois quando pensei no que escrever fez se me luz, e os acasos da vida tornam se em coisas engraçadas, é uma praça que ate me diz algo pois foi a praça onde me fardei pela primeira vez, logo nunca me vou esquecer e vai me sempre ser querida, ate por algumas peripécias desse dia, mas essas deixemos para recordar nos nossos convívios.

Neste dia 14 Agosto data tradicional da terra, com o calor característico da terra e de verão,  três cavaleiros jovens, para enfrentar um curro sério de Murteira Grave, em que o nosso Grupo compartiu cartel com o Grupo de Santarém.

A meio de uma jornada de 3 corridas, com datas e compromissos importantes no dia antes em Alcochete e tendo o 15 de Agosto no dia seguinte, o António decidiu e bem apostar numa terna jovem.

A meu ver com um sorteio comodo, pois calharam os três toiros mais leves da corrida ao grupo, para o nosso primeiro foi o Sérgio Godinho que na primeira se fechou bem levou o toiro para dentro do grupo este facilitou e acaba por cair ca atras por falta de uma mãozinha, na segunda escorregou ao recuar e a terceira resolveu se com eficácia.

Para o segundo o Dinis que vinha de uma dobra, queria apanhar os papeis do Redondo e foi lhe dada uma oportunidade. Esta que a meu ver é um pouco o espelho da pega do Sérgio na primeira fechou se faltou uma mão do grupo, na segunda escorregou também ao recuar e a terceira resolveu-se.

Para o 6 da tarde, 3 do nosso Grupo foi o Francisco Oliveira que esta temporada já tinha dado um ar da sua graça com algumas oportunidades aproveitadas, foi lhe dada mais uma esta menos conseguida. Na primeira reuniu bem mas não se agarrou com decisão, o primeiro ajuda não entrou prontamente e foi desfeito, a segunda não conseguiu reunir bem e a terceira resolveu-se.

Uma tarde com três pegas ao terceiro intento que com facilidade a historia tinha sido outra, pois todas as capacidades que o grupo tem são muito superiores a estes três desafios, e com um pouco mais de eficácia se tinha resolvido.

Em relação ao Grupo com que compartíamos cartel o Grupo de Santarém, pegou o lote mais pesado da corrida, pegaram dois touros ao primeiro intento e um á sétima tentativa, este um toiro serio com poder que deu bastante trabalho ao grupo.

Não posso terminar sem deixar uma palavra de apreço ao Grupo pelos 50 anos de historia, que se conserve por tantos mais, com a amizade, galhardia e maneira de estar que nos tem habituado. Todos os que la passamos, passámos e os que ainda lá irão passar fazem  parte desta historia e só estes que envergam esta jaqueta conseguem sentir a importância desta e os sentimentos que esta nos trás.

Desejo a maior sorte para resto da época.

Pelo grupo de Évora e pelos bonitos 50 anos de história

Venha Vinho, Venha Vinho, Venha Vinho

 

Vasco Costa

 

 
Crónica Corrida em Alcochete
 

No passado dia 13 de Agosto o Grupo de Évora foi pegar a Alcochete numa corrida que dividimos cartel nas pegas com um dos Grupos da terra, o Aposento do Barrete Verde.
Os toiros foram da ganadaria espanhola Partido de Resina e foram lidados pelos cavaleiros Joaquim Bastinhas, Luís Rouxinol e Filipe Gonçalves.
Fiquei surpreendido pela excelente presença de publico na praça, que apesar de não ter esgotado, encheu bastante bem, talvez fruto do interessante cartel quer de forcados para pegar,  como de cavaleiros para lidar os Partido de Resina.
Percebendo pouco da parte da lide a cavalo, interessa-me acima de tudo nas corridas as pegas e talvez por estes motivos muitas vezes não presto a atenção devida a esta parte do espectáculo pelo que não acho interessante lerem a minha opinião.

Quanto ao Grupo de Évora, voltava neste ano das Bodas de Ouro a uma praça onde não pegava pelo menos desde 2000 e isso gera sempre algum interesse nos actuais pois a maior parte nunca se tinha fardado nem actuado nesta praça pois já lá iam alguns anos...

Para a tarefa de abrir praça o Cabo António escolheu o forcado João Madeira e em boa hora o fez pois este fez uma belíssima pega á 1a tentativa. Citou de largo, o toiro arrancou soltou e o forcado soube aguentar e sacar-se no momento certo para receber o toiro na perfeição.
 Sendo esta a 1a pega que o Grupo ia fazer em 3 dias seguidos, 3 ganadarias distintas, em 3 praças e a 9 toiros, os ajudas fizeram o que lhes competia a fecharam com acerto. De realçar o excelente rabejar do Gonçalo Pires que ouviu merecidos aplausos.
Quanto ao João Madeira, queria dizer lhe que apesar de novo (disseram me que tem 19 anos) e depois de já ter pegado bem em Coruche, Valverde e no Redondo, e de ser também um rabejador eficaz, tem todas as possibilidades de ser uma mais valia para o Grupo e de receber do Grupo tudo aquilo que o Grupo lhe pode dar para a vida, quer a nível da forcadagem mas também no crescimento como homem e como pessoa. Que tenhas sorte e boas pegas no nosso Grupo!

Para o nosso segundo toiro, manso e reservado mas sem maldade o Cabo escolheu o João Pedro Oliveira "Guga". Forcado de muita confiança para pegar e muito confiante com a boa época que vem a fazer. Tal como o 1o, apesar das vantagens o toiro saiu solto e o Guga e o Grupo fecharam na perfeição á primeira. Nesta tentativa fica também o pormenor da volta agradecimento ao público. Digo isto porque o Guga não a deu derivado do cavaleiro também não ter dado. Merecia porque pegou á 1a bem e "sem espinhas". Estes tipo de atitudes só se vêem nos grandes Homens e nos grandes Forcados, pois com direito próprio podias muito bem teres dado a volta sozinho... Olé toureiro!

Para fechar a actuação foi escolhido o veterano Manuel Rovisco. Um Forcado de distinção que marcou e continua a marcar uma geração na forma de pegar toiros no nosso Grupo. Depois de muitas, complicadas e longas lesões o Manel recupera sempre e volta com mais vontade!
O melhor toiro dos nossos três de sorteio que o Manel desfrutou e nos permitiu ver uma grande pega desde o brindar e estar em praça até ao sair do toiro. Manel que Deus te dê saúde e que a tua família permita que continues por muitos anos no nosso Grupo.

O grupo do Aposento do BV pegou bem e sem dificuldades de maior á 1a, 2a e 1a tentativas.

Depois da corrida era hora de ir dormir pois a jornada tripla ainda agora tinha começado e por isso não houve jantar para pena dos antigos elementos que foram apoiar o Grupo e se tiveram que ficar pelas pegas e latinhas na corrida.

Desejo ao Grupo e ao António como cabo um resto de época memorável com muitas corridas, sem lesões e que continuem a mostrar dentro de praça a razão de estarmos a comemorar este ano o cinquentenário duma instituição onde já muitas dezenas de homens defenderam de verdade a arte de pegar toiros.

Pelo nosso Grupo de Évora,
Venha Vinho!

Um abraço,
Diogo Cabral

segunda-feira, agosto 12, 2013


Crónica Corrida em Redondo

 

 

Queria começar por dar os parabéns ao Grupo de Forcados Amadores de Évora pelos seus 50 anos e agradecer ao António Alfacinha o convite que me fez para escrever a crónica da corrida do Redondo para o GFA Évora .

Corrida com responsabilidade acrescida, pela data e local. Foi no Redondo à 50 anos no dia 11 de Agosto que o GFAE fez a sua apresentação.

Lotação Esgotada para ver os Cavaleiros Joaquim Bastinhas, Marcos Tenório e João Maria Branco e os Grupos de forcados de Évora e Redondo.

Toiros da ganadaria de Vale Sorraia, bastante encastados e muito bonitos, conseguiram dar um espectáculo com muita emoção desde o 1º toiro ate ao último, onde não facilitaram as actuações quer dos cavaleiros quer dos forcados.

A meu ver os 3 cavaleiros ficaram sempre por baixo dos toiros, não conseguindo impor as suas lides devido as dificuldades que o curro apresentou.

No que toca às pegas, o Grupo do Redondo, teve uma actuação com querer, alma e muito louvor.

Em relação ao nosso Grupo abriu praça o Ricardo Casas Novas, forcado experiente que tinha pela frente um toiro com arrancadas intempestivas, humilhando muito na reunião e batendo forte. Gostei muito de o ver na 1ª tentativa mas faltou coesão dos ajudas para que o Ricardo tivesse “ficado “a 1ª, foi consumada a 4ª tentativa.

 No 3º da corrida 2º do grupo, foi onde se deu o momento da corrida, com o Diniz Caeiro a sofrer uma aparatosa colhida, ao ter uma reunião muito dura e com um violentíssimo derrote a ser projectado para cima ficando inanimado, na 2º tentativa foi dobrado por José Miguel Martins que também saiu lesionado, sendo Ricardo Sousa a pega-lo ao 2º intento,4ª tentativa do grupo.

Para finalizar as actuações do grupo foi escolhido o Forcado João Madeira e fê-lo da melhor maneira fechando com chave de ouro, a demostrar o bom momento que atravessa. Para mim foi a única pega da corrida com princípio meio e fim na ascensão da palavra e merecedora do troféu para a melhor pega da noite.

É com orgulho que vejo que os princípios e maneiras de estar do grupo se mantêm inalteráveis com o passar dos anos, o que se viu na responsabilidade de fazer bem as coisas na pega do Ricardo Casas Novas.

Foi uma corrida dura com um curro de toiros de Casta Portuguesa que já se vê pouco nas praças, mas que fazem falta. Bem aja a todos por me proporcionarem ver uma bela noite de touros.

Queria deixar aqui votos de rápidas melhoras aos forcados que ficaram lesionados e desejar boa sorte para o resto da época e para os próximos compromissos que o grupo vai ter que são de grande responsabilidade.

 

Um abraço!

Pelo G.F.A. Évora  

Venha Vinho!

João Cristóvão

 

sexta-feira, agosto 09, 2013


Crónica Corrida em Vale Verde
 

Começo por pedir desculpas a todos os acompanhantes do no site e aos antigos elementos em especial, porque também eu sei o que é estar ansiosamente à espera que seja publicado o habitual resumo das corridas do nosso Grupo quando não nos é possível estar fisicamente presentes. O atraso deste resumo é apenas da minha exclusiva responsabilidade uma vez que o nosso Cabo me convidou no dia seguinte à corrida, no entanto esta semana, profissionalmente tem sido algo apertada……Muito obrigado António pelo convite!!!

Noite fria e desagradável de 3 de Agosto de 2013 em Valverde, Terra pequena de gentes hospitaleiras por onde tantos antigos e actuais elementos do nosso Grupo passaram durante as suas vidas académicas dada a proximidade que o pólo da Universidade, Mitra.

No que se refere à corrida de Toiros em causa, podemos dizer que se viu bastante bem (tirando o frio e vento) mas que teve emoção do princípio ao fim.

Os cavaleiros, Rui Salvador, Marcos José e o praticante David Oliveira, estiveram em plano aceitável e cumpridor sem se poder dizer que tenha havido alguma lide fantástica. Os Toiros de Santiago, no meu entender saíram sempre de menos a mais, uma vez que para as pegas saíram bem e sem criar grandes complicações, quando as coisas eram bem feitas!

Para mim a corrida teve uma emoção acrescida porque foi a primeira vez que estivemos em praça com os nossos Amigos do Grupo de Montemor-o-Novo depois da recente tragédia e confesso que me emocionei como alguns pormenores de elementos do seu Grupo. O Grupo de Montemor resolveu bem as pegas aos 2 primeiros Toiros complicando um pouco a situação no seu último, pareceu-me que se tratou de um ligeiro excesso de confiança mas que acabou por ser bem resolvido sem deixar mancha.

Quanto ao nosso Grupo, o António optou por dar oportunidades a elementos que tem funcionado menos, poupar os mais rodados e “punir” os que estiveram menos bem nas últimas ocasiões, gestão correctíssima na minha modesta opinião.

No primeiro Toiro que nos calhou em sorte foi o João Madeira o escolhido, que agradável surpresa! Eu ainda não tinha tido oportunidade de ver o João pegar de caras e fiquei deveras entusiasmado, tratava-se de um Toiro que tinha dificuldades em se fixar e que o João entendeu na perfeição, se me permitem, podia apenas ter tirado mais um passinho na cara do Toiro para evitar aquele 1º derrote mais violento. De salientar também o desempenho dos ajudas, sem desprimor para os restantes mas gostava de destacar o Bira nas primeiras, o Beirão nas segundas e o Rego nas terceiras, muito bom! E o resultado foi a pega da noite, acrescento ainda a violência do Toiro já lá a trás, que tudo fez para desfeitear o forcado da cara, que se agarrou com muita vontade e um grande crer. Um bom exemplo de um novo elemento no grupo, apesar da experiência por outros lados, mas que tem sabido esperar e agarrar as oportunidades sem precipitações, tanto a pegar de caras como a rabejar.

Para o nosso segundo Toiro, o António confiou no Francisco Oliveira, um forcado que tem vindo a crescer dentro do Grupo e que se tem mostrado muito regular, nesta noite me Valverde as coisas não lhe correram tão bem, mas não belisca em nada o percurso que vem a percorrer, julgo que a determinada altura houve da parte do nosso “Monkey” mais coração que cabeça, o que é preciso ter cuidado porque a segunda tentativa é de criar arrepios a quem está na bancada… devia ter deixado o toiro descansar um pouco, em vez disso entrou pelo toiro “a dentro” em terrenos do oponente, consumou à 3.ª tentativa, mais a resolver que a brilhar. Era um Toiro pouco franco daí as dificuldades do Monkey e do ajudas que quando chegavam já não podiam fazer nada, ingrata a 1.ª ajuda do Kada, em especial na 2.ª tentativa que quando vem a ajudar, o Toiro tira a cara e deixa-o sem hipóteses de ficar a ajudar.

O sexto da noite para mim é a pêra doce da corrida, sem que se tratasse de um “diabo à solta” dos perigosos. Aos meus olhos o Toiro até vêm sempre franco para a pega, o que me pareceu é que o Gomes não se fechava na cara Toiro, julgo, sem querer estar a bater muito no ceguinho, até porque estivemos à conversa depois da corrida e o Gomes estava bastante em baixo e consciente dos erros que tinha cometido, no entanto a minha visão da pega é que lhe faltou preparação física para aquele Toiro, mais uma vez sou obrigado a elogiar o desempenho de 2 ajudas, mas não querendo que todos os outros achem que estiveram mal, simplesmente estes destacaram-se mais, Bira, novamente a dar 1.ª e também novamente o Rego a fechar a pega. Quero também salientar a importância de um forcado mais experiente dentro de praça e isso viu-se nesta pega, o Árabe com muito acerto e correcção a falar com o Gomes sem que fosse necessário a designada, RGF (Reunião Geral de Forcados, como no meu tempo designávamos….lol)

Deixo aqui uma palavra a todos os que estavam mais em baixo neste dia, esta Arte de pegar Toiros exige um grande esforço e entrega, esforço porque temos que nos preparar física e psicologicamente, entrega porque abdicamos de muitas outras coisas das nossas vidas para viver quase única e exclusivamente para os nossos amigos do Grupo deixando todos os outros amigos, família e namoradas para trás. Não desmoralizem, ainda para mais com as corridas que ai vêem e não queiram fazer as coisas à pressa, o mais importante é fazê-lo com máxima entrega e instinto…….

  Grande Abraço a todos e Sorte para esta dura semana que começa sexta em Redondo.

Abraço,

Venha Vinho!

Fernando Luis